Morre escritor russo Valentin Rasputin, inimigo das reformas liberais
Moscou, 16 mar (EFE).- O escritor russo Valentín Rasputin, inimigo declarado das reformas liberais e considerado um clássico da literatura russa, morreu no sábado aos 77 anos, após uma prolongada doença, publicou nesta segunda-feira a imprensa local.
“Você precisa de grandes convulsões . Precisamos de um grande país”, disse, repetindo as palavras do primeiro-ministro russo do começos do século XX, Piotr Stolypin, em seu discurso no I Congresso de Deputados Populares da URSS, em 1989.
Rasputin, que publicou suas principais obras -“Lições de francês”, “Vive e lembra”, “Adeus a Matiora” nas décadas de 70 e 80, foi um dos principais ativistas contra a “perestroika” de Mikhail Gorbachev.
Em 1990 assinou junto com outros 73 escritores a “Carta dos escritores da Rússia” em que denunciava que a “democratização” e a edificação de um “estado de direito” tinha suscitado as “forças da desestabilização social”.
Rasputin nasceu em 15 março de 1937 em uma família camponesa no extremo oriente da Rússia.
Seus méritos literários foram amplamente reconhecidos tanto em tempos soviéticos como após o fim da URSS.
O escritor recebeu o título de Herói do Trabalho Socialista (1987) e com as ordens “Por méritos à Pátria” de terceiro e quarto grau (2007 e 2002, respectivamente), entre outras distinções. EFE
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