Morre na Argentina bispo paraguaio exonerado pelo papa

  • Por Agencia EFE
  • 14/08/2015 12h19

Buenos Aires, 14 ago (EFE).- O polêmico bispo da diocese de Ciudad del Este, no Paraguai, Rogelio Livieres, destituído pelo Vaticano após proteger um padre acusado de pedofilia, morreu nesta sexta-feira na Argentina aos 69 anos, em consequência de problemas hepáticos e pulmonares, informaram fontes da Igreja.

Livieres, nascido em Corrientes e naturalizado paraguaio, morreu no Hospital Universitário Austral, conforme detalhou a Agência Informativa Católica Argentina (AICA). Ele estava hospitalizado há alguns meses por complicações derivadas da diabetes e precisava de um transplante de fígado que teve que ser postergado devido a problemas cardíacos. Seu quadro se agravou e resultou em complicações pulmonares que o levaram a morte.

O religioso esteve à frente da diocese de 2004 a 2014, ano em que foi deposto pela Santa Sé, após uma investigação ordenada pelo papa Francisco. Livieres, que se negava a renunciar, tinha recebido fortes críticas por proteger e transformar em seu “número dois” o sacerdote argentino Carlos Urrutigoity, acusado de pedofilia nos Estados Unidos, em 2002.

O Vaticano atribuiu a expulsão do bispo a irregularidades em sua gestão, enquanto Livieres, que pertencia ao Opus Dei, dizia ser vítima de uma “perseguição ideológica”. Meses antes disso, Livieres tinha chamado de “homossexual” o então arcebispo de Assunção, Pastor Cuquejo, quando este sugeriu que Urrutigoity fosse investigado. EFE

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