Morre patriarca de clã filipino julgado por massacre que matou 58 pessoas
Manila, 18 jul (EFE).- Andal Ampatuan, patriarca do clã Ampatuan e que estava sendo julgado como um dos responsáveis pela morte de 58 pessoas durante um ataque contra uma caravana eleitoral em 2009, no sul das Filipinas, morreu neste sábado de causas naturais.
Andal, que estava internado em um hospital de Manila, capital do país, para ser tratado de um câncer de fígado, sofreu um ataque cardíaco há um mês, permanecendo em coma até a morte.
O advogado do patriarca, Ferdinand Topázio, confirmou em comunicado divulgado pela emissora “GMA News” a morte de Andal, que foi governador da província de Maguindanao.
Em 23 de novembro de 2009, um grupo de assassinos de aluguel contratados pelo clã Ampatuan abriu fogo contra a comitiva eleitoral de um político rival, Ismail Mangudadatu, matando 58 pessoas, entre elas 32 jornalistas.
O principal suspeito de ordenar o massacre é Andal Ampatuan Júnior, membro da notória dinastia que controlava a província e que pretendia eliminar Mangudadatu da corrida eleitoral contra seu pai.
O patriarca estava sendo processado, junto com três de seus irmãos e seu filho, assim como outras 100 pessoas, por planejar e realizar o massacre contra a comitiva de Mangudadatu, em um processo que avança “de maneira lenta” na avaliação dos advogados das vítimas.
O falecido chefe do clã perdeu a reeleição para governador, mas a família ainda figura entre as mais poderosas na região.
O governo garante que está fazendo tudo o possível para que a ação judicial não sofra interrupções. EFE
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