Morre refém francês no Sahel, aponta imprensa do país

Paris, 22 abr (EFE).- O cidadão francês de origem portuguesa Gilberto Rodrigues Leal, de 61 anos, morreu em consequência de uma doença enquanto permanecia sequestrado por um grupo jihadista no Mali desde novembro de 2012, informou nesta terça-feira o jornal “Midi Libre”.

O Ministério de Exteriores da França não confirmou por enquanto esta informação.

No entanto, segundo a rede de televisão pública “France 2”, o departamento de Relações Exteriores alertou a família de Leal de que ele teria falecido ao não ter acesso aos remédios necessários durante seu cativeiro.

A morte de Leal, se for confirmada, ocorre poucos dias depois da libertação de quatro jornalistas franceses -Edouard Elias, Didier François, Nicolas Hénin e Pierre Torres- que tinham sido sequestrados em junho de 2013 na Síria.

O último refém francês seria Serge Lazarevic, detido em novembro de 2011 no nordeste do Mali.

Gilberto Rodrigues Leal foi sequestrado no leste do Mali pelo Movimento pela Unidade e a Jihad na África Ocidental (MUJAO) na fronteira entre Mauritânia e Mali, quando fazia uma viagem pelo deserto em caravana.

De acordo com a publicação, sua morte pode ter ocorrido há vários meses e os sequestradores se desfizeram do corpo, como já ocorreu em julho com o corpo de Philippe Verdon.

Há 16 meses as autoridades francesas não tinham prova de vida de Leal, apesar dos constantes pedidos da família.

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, se mostrou no domingo passado “muito inquieto” sobre a situação do refém. EFE