Morrem 2 militares após explosão de veículo em área de guerrilha no Paraguai

  • Por Agencia EFE
  • 27/11/2014 05h08

Assunção, 27 nov (EFE).- Dois militares da Força de Tarefa Conjunta (FTC), responsável pela repressão ao grupo armado Exército do Povo Paraguaio (EPP), morreram depois que o veículo em que viajavam explodiu em uma estrada do departamento de Concepción, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais.

Os mortos, um capitão e um suboficial, estavam acompanhados por outras duas pessoas, que sofreram ferimentos leves e já receberam alta, declarou o porta-voz da FTC, Víctor Urdapilleta, ao jornal “Última Hora”.

Um dos feridos é o diretor da nova Unidade de Luta contra o Narcoterrorismo, Juan Manuel Jara, explicaram à publicação “ABC Color” fontes da clínica privada San Antonio, onde foram atendidos.

A explosão do veículo aconteceu na noite de quarta-feira em uma estrada próxima à comunidade Cuero Fresco, localizada no departamento de Concepción, a cerca de 400 quilômetros ao norte da capital Assunção.

Urdapilleta se recusou a oferecer mais detalhes sobre o ocorrido para a imprensa.

A FTC é formada por contingentes de policiais, militares e agentes da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) que foram deslocados para o norte do país, na divisa entre os departamentos de San Pedro, Concepción e Amambay.

A região faz parte de uma das principais rotas do tráfico de cocaína e maconha, uma droga da qual o Paraguai é o principal produtor da América do Sul, segundo a Senad.

A faixa de cerca de 250 quilômetros entre a cidade de Concepción e a fronteira com o Brasil, país que recebe 80% da maconha paraguaia, serve de refúgio para grupos como o EPP e o Agrupamento Campesino Armado (ACA), segundo as autoridades.

O governo paraguaio atribui ao EPP 38 assassinatos, entre civis, militares e policiais e considera o ACA, que se formou este ano, uma cisão do primeiro grupo, que está em atividade desde 2008.

Além disso, o EPP mantém como reféns Arlan Fick, de 17 anos, sequestrado no dia 2 de abril, e o policial Edelio Morínigo, de 24 anos, capturado em 5 de julho. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.