Moscou propõe que Comissão de Veneza se pronuncie sobre a Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 28/02/2014 07h24
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Moscou, 28 fev (EFE).- O presidente da Duma do Estado, a Câmara dos Deputados da Rússia, Sergei Narishkin, propôs nesta sexta-feira pedir à Comissão Europeia para a Democracia através do Direito, mais conhecida como a Comissão de Veneza, que se pronuncie sobre a legitimidade das novas autoridades da Ucrânia.

“Eu proporia que pedíssemos à Comissão de Veneza que avalie a legitimidade das autoridades (da Ucrânia) e a legitimidade de suas decisões”, disse Narishkin, segundo as agências russas, ao abrir o plenário da Duma.

A Comissão de Veneza é um órgão consultivo do Conselho da Europa sobre questões constitucionais.

Narishkin afirmou que “se observam tentativas de encher o vazio de poder (na Ucrânia), mas por outro lado, a legitimidade das decisões tomadas e a legitimidade das próprias autoridades suscitam grandes dúvidas”.

Acrescentou que os deputados russos devem estar munidos com uma análise jurídica qualificada sobre as decisões tomadas pelas novas autoridades da Ucrânia.

“Necessitamos dela para avaliar as consequências das decisões que são tomadas, tanto para nossos compatriotas que vivem na Ucrânia como para todo o conjunto das relações russo-ucranianas”, explicou o chefe da Duma, o quarto homem na hierarquia de poder da Rússia.

A Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia designou ontem Aserni Yatseniuk à frente do Gabinete de Ministros que governará o país pelo menos até o dia 25 de maio, dia em que serão realizadas as eleições presidenciais antecipadas, convocadas após a fuga do presidente deposto Viktor Yanukovich.

Segundo as agências russas, Yanukovich oferecerá hoje uma entrevista coletiva em Rostov do Don, cidade do sul da Rússia.

O líder deposto, sobre quem foi emitida uma ordem de busca e captura internacional, garantiu que continua sendo o presidente legítimo da Ucrânia e solicitou que a Rússia garanta sua segurança pessoal, pedido que teria sido aceito, segundo fontes próximas da cúpula de poder russa. EFE

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