Mosquito sem dengue reduz em 82% número de larvas em Piracicaba

  • Por Agência Estado
  • 20/01/2016 09h05
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Funcionários da Fiocruz liberaram na natureza mosquitos Aedes aegypti que não transmitem o vírus da dengue. Os ovos dos mosquitos foram contaminados com a bactéria Wolbachia, encontrada em 60% dos insetos. A bactéria atua como uma espécie de vacina para o Aedes aegypti, ao impedir que o vírus da dengue se multiplique no organismo do mosquito, que deixa de transmitir a doença. O teste foi realizado em Tubiacanga, favela da Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro. - Crédito:FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:178288 Fábio Motta/ Estadão Conteúdo Fiocruz produz mosquito Aedes aegypti que não transmite o vírus da dengue

A cidade de Piracicaba, no interior de São Paulo, é um exemplo de combate ao mosquito aedes aegypti. O bairro de Cecap/Eldorado foi palco do experimento do “mosquito do bem”.

A empresa idealizadora, a britânica Oxitec, procurou a prefeitura para testar a iniciativa naquela vizinhança, que estava sofrendo muito com a dengue.

Resultado: a quantidade de larvas na área onde o experimento ocorreu caiu 82% em um ano. O número de casos de dengue no bairro caiu de 133 em 2014 para apenas um em 2015.

O prefeito de Piracicaba, Gabriel Ferrato, ficou tão satisfeito que prometeu, em entrevista à Jovem Pan, levar o experimento à região central da cidade.

“Para nós, é um resultado magnífico”, comemorou Ferrato. “Pretendo não só estender por mais um ano, como pretendo estender para outra região da cidade, dependendo dos recursos de que a gente disponha”, essaltou

A empresa Oxitec, responsável pelo experimento, desenvolveu um teste deste tipo em Pernambuco e pretende levar a ideia para outras cidades paulistas.

O método consiste em liberar na região mosquitos machos modificados, que fecundam nas fêmeas ovos inférteis, impedindo a reprodução do aedes aegypti.

Vale ressaltar que eles não picam seres humanos e nem transmitem doenças.

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