Motim em centro de imigrantes deixa 1 morto e 77 feridos em Papua-Nova Guiné

  • Por Agencia EFE
  • 17/02/2014 23h02

Sydney (Austrália), 18 fev (EFE).- Pelo menos uma pessoa morreu e outras 77 ficaram feridas em um motim ocorrido em um centro australiano para imigrantes na ilha de Manus, em Papua-Nova Guiné, informaram nesta terça-feira (data local) as autoridades.

Treze dos feridos se encontram em estado grave, “um deles crítico”, declarou o ministro de Imigração australiano, Scott Morrison, em entrevista coletiva.

A vítima mortal recebeu um forte golpe na cabeça, enquanto um imigrante ferido foi atingido por um disparo com munição real.

O motim começou na noite de segunda-feira quando vários internos conseguiram saltar as barreiras externas do centro, segundo o primeiro comunicado emitido por Morrison.

“É uma tragédia” que está vinculada a “uma situação muito perigosa na qual as pessoas decidem protestar de forma violenta e escapar do centro expondo-se a um grande perigo”, afirmou o ministro australiano.

As autoridades não puderam confirmar ainda se algum dos 1.300 solicitantes de asilo que habitam no centro de Manus, uma ilha ao norte de Papua-Nova Guiné de 100 quilômetros de comprimento por 30 de largura, conseguiu fugir.

No domingo passado, 35 imigrantes ilegais conseguiram escapar do centro de Manus, embora todos já tenham sido capturados, durante uma briga interna na qual 20 pessoas ficaram feridas e oito foram detidas.

Morrison afirmou na segunda-feira que esses distúrbios foram o resultado do aumento das tensões no centro de Manus, onde os internos começaram há várias semanas protestos pacíficos que derivaram em violência nesta semana.

A Austrália reclui imigrantes ilegais que tentam alcançar seu litoral neste centro de Manus e em outro em Nauru para que tramitem seus pedidos de asilo, apesar das críticas da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e da Anistia Internacional.

Muitos dos imigrantes fugiram de conflitos como os do Afeganistão, Darfur, Paquistão, Somália e Síria, e outros escaparam da discriminação ou da condição de apátridas como as minorias rohingya, de Mianmar, ou Bidun, da região do Golfo. EFE

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