Motoristas de ônibus anunciam paralisação nesta terça-feira em SP

Novos ônibus da Zona Sul de São Paulo têm ar-condicionado e câmeras

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindicato dos Condutores/SP) anunciou nesta segunda-feira (11) que motoristas e cobradores irão paralisar suas atividades por duas horas na manhã desta terça-feira (12) em São Paulo.

A paralisação é um protesto contra o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SP Urbanuss), que apresentou uma “proposta decepcionante” de reajuste salarial de 7,21%. A paralisação acontecerá das 10h às 12h em todos os terminais de ônibus da cidade.

O Sindicato dos Condutores/SP pede um salário justo e apoio, inclusive, dos usuários de ônibus.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) considerou a manifestação “intempestiva” e que pode ocasionar “sérios transtornos à mobilidade dos paulistanos e, em especial, dos passageiros de ônibus”.

Confira a nota da SPUrbanuss na íntegra:

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo – SPUrbanuss considera intempestiva a manifestação que a categoria de motoristas e cobradores pretende promover nesta terça-feira, dia 12 de maio, em alguns terminais de ônibus da cidade de São Paulo, que podem ocasionar sérios transtornos à mobilidade dos paulistanos e, em especial, dos passageiros dos ônibus.

O SPUrbanuss e o Sindicato dos Motoristas e Cobradores estão, desde o final de abril, negociando os termos da nova Convenção Coletiva de Trabalho, com data-base neste mês de maio. Essas negociações estão em andamento; ainda não se esgotaram.

O Sindicato lembra que uma atitude extrema dos operadores, sem amparo de uma assembleia da categoria, caracteriza o movimento como ilegal, resultando em sérios prejuízos aos usuários do serviço de transporte urbano.

As empresas concessionárias, associadas ao SPUrbanuss, farão todos os esforços para manter a operação normal dos ônibus. Por meio do Sindicato de classe estão, inclusive, notificando o Sindicato dos Condutores para que adote as providências necessárias, no sentido de evitar a paralisação ou, ao menos, cumprir o disposto na Lei de Greve, garantindo a operação de, no mínimo, 50% da frota em operação, nos horários fora de pico, e 80% nos horários de pico.