Movimentos sociais fazem manifestação em apoio a “rolezinhos” em SP

  • Por Jovem Pan com Agencia Brasil
  • 18/01/2014 14h26

Ao menos 200 pessoas estiveram na manifestação que saiu da Praça da Árvore Folhapress Movimentos sociais fazem manifestação a favor de "rolezinhos" em SP

São Paulo – Cerca de 200 integrantes de movimentos sociais, comandados pela União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora (Uneafro), fizeram uma manifestação desde o meio-dia deste sábado (18) em apoio aos “rolezinhos”, promovidos na cidade de São Paulo.

A manifestação começou no Parque do Povo, na zona sul da capital, e se deslocou até a frente do Shopping JK Iguatemi, que fica ao lado. O shopping de alto padrão foi fechado para evitar a entrada dos manifestantes, que continuaram a protestar em frente ao estabelecimento comercial.

“É um ato de solidariedade dos movimentos sociais ao rolezinho. É a favor do pobre, do funk, a favor de quem quer ir para shopping, quer ir com a namorada, quer fazer um rolê”, destacou Lucas Assis, da Uneafro.

Os rolezinhos têm sido feito por jovens da periferia de São Paulo nos centros comerciais da cidade. Os eventos, no entanto, têm sido reprimidos pela polícia e proibidos por decisões judiciais.

“No país da copa, shoppings racistas proíbem a entrada de negros e pobres”, diz, em inglês, uma das faixas carregadas pelos manifestantes. “Não é contra a copa. É para chamar a atenção não só para o que está bonitinho, não só para o estádio, tem de chamar a atenção também para o que está faltando, para quem bate em nós”, ressaltou Assis.

A Uneafro ainda condenou a ação de alguns shoppings de impedir a entrada dos participantes dos rolezinhos, e a violência cometida por alguns agentes da polícia. “É o opressor mostrando a cara, é o cara que não gosta da gente, é o playboy, é o cara que olha para o preto, para o pobre, para qualquer um que não corresponde a carinha dele, com desprezo. Só que ele manda a polícia bater em nós, ele não tem coragem de chegar ali e expulsar”, acrescentou Assis.

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

Edição: Talita Cavalcante

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