MP da Venezuela acusa 8 policiais pelo assassinato de dois jovens

  • Por Agencia EFE
  • 03/03/2015 14h10
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Caracas, 3 mar (EFE).- O Ministério Público da Venezuela informou nesta terça-feira que acusou oito policiais do estado de Zulia (noroeste) e um civil por suposto envolvimento no assassinato de dois jovens em fevereiro.

Segundo o Ministério Público, a “investigação preliminar” estabeleceu que os jovens “foram interceptados” em 16 de fevereiro pelos policiais quando chegavam a Zulia do estado vizinho de Mérida “e desapareceram até o dia seguinte”.

Os corpos de Alejandro García Julio (22 anos) e José Daniel Frias Pinto (20) foram localizados em 17 de fevereiro “em uma área florestal, entre arbustos, com vários tiros”.

Os promotores acusaram pelo crime o chefe da polícia regional, Renzo Humberto Arias, os oficiais Jean Carlos Delgado, Carlos Vinicio Medina, Wiston Amaya Gutiérrez, Wilson Gómez, Yordano González, Júnior Altamiranda, Henry Villamizar e o civil Ángel Renato Chourio, que foram detidos em 28 de fevereiro.

O Ministério Público não esclareceu a motivação dos assassinatos nem se a polícia regional foi alvo da Comissão Presidencial para a Reorganização Policial, criada em 24 de outubro de 2014 para tentar acabar com irregularidades.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, criou a comissão e deu um prazo de seis meses para que o órgão proponha um plano que diminua o envolvimento em crimes de integrantes dos 141 diferentes corpos policiais nacionais, estaduais e municipais que existem no país.

Freddy Bernal, presidente da comissão, disse em 1° de fevereiro que “as máfias de extorsão, sequestro e morte por encomenda penetraram” em boa parte das forças policiais.

“Há uma realidade que não gostamos que exista, mas existe: a corrupção penetrou diversas forças policiais, municipais, estaduais e nacionais”, incluída a recentemente criada Polícia Nacional Bolivariana (PNB) e o Corpo de Pesquisas Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC), declarou Bernal. EFE

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