MP italiano pede prisão preventiva de Schettino por risco de fuga
Roma, 21 fev (EFE).- O Ministério Público da Itália solicitou neste sábado a prisão preventiva de Francesco Schettino, capitão do navio naufragado Costa Concordia, e condenado há 10 dias em primeira instância a 16 anos de prisão pelo desastre, no qual morreram 32 pessoas.
Os promotores de Grosseto, onde foi realizado o julgamento contra Schettino, recorreram hoje da decisão dos juízes de não prendê-lo por considerar que a sentença não é definitiva.
O Ministério Público alegou que o ex-capitão pode fugir e por isso deveria ser preso. A hipótese foi qualificada pelos juízes, no dia do anúncio da pena, em 11 de fevereiro, de “infundada”.
Apesar disso, a promotora Maria Navarro sustentou neste sábado que a “preocupação com a fuga de Francesco Schettino é fundamentada”, segundo a imprensa italina.
O fato que estimulou os promotores a recorrer da decisão foi uma recente reportagem televisiva na qual um jornalista, caracterizado como produtor , negocia com um suposto representante do ex-capitão sua participação no programa “A ilha dos famosos”.
Schettino negou a informação e disse que não tem intenção de participar do “reality show” e nem possui um representante. O ex-capitão argumentou que não designou “ninguém a desenvolver negociações surrealistas”.
O ex-capitão foi condenado a 16 anos de prisão pelos crimes de homicídio culposo múltiplo, abandono da embarcação, naufrágio e por não ter informado imediatamente as autoridades portuárias sobre a fatal colisão contra rochas na frente da ilha italiana de Giglio.
O naufrágio ocorreu na noite de 13 de janeiro de 2012, quando o Costa Concordia, no qual viajavam 4.229 pessoas, encalhou na frente da costa da Toscana.
O acidente deixou 32 pessoas mortas e 64 feridas. EFE
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