MPE já abriu 4 inquéritos sobre sigilos no governo do Estado de SP

  • Por Agência Estado
  • 16/10/2015 11h38
SAO PAULO,SP, 06.10.2014 - ALCKMIN-SP - Governador Geraldo Alckmin durante o Lançamento do Programa de Apoio as Exportações Paulistas e lançamento do Plano para aumentar a participação de empresas paulistas nas exportações brasileiras, acontece no Palacio dos Bandeirantes, no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo, nesta terça-feira, 06. (Foto: Douglas Pingituro/Brazil Photo Press/Folhapress) Douglas Pingituro/Brazil Photo Press/Folhapress Alckmin durante do Lançamento do Programa de Apoio às Exportações Paulistas nesta terça (6)

O Ministério Público Estadual (MPE) abriu quatro inquéritos para apurar responsabilidades sobre os atos que impuseram sigilo às informações públicas.

Segundo o promotor de Justiça Marcelo Milani, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social, será apurado “desvio de função” praticado por servidores ao usar exceções previstas na Lei de Acesso à Informação (LAI) para negar o direto de cidadãos de obter dados sobre a gestão pública.

Milani está coletando respostas enviadas pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB) com negativas feitas por escrito pelo governo a pedidos de acesso a informações protocolados por cidadãos. No caso específico da Polícia Militar, a resolução que determinou o fechamento de quase 90 documentos foi publicada pelo Comando-Geral depois de passar por uma comissão de avaliação interna. O promotor afirmou que pretende identificar os membros dessa comissão e ouvi-los. 

Há previsão legal, entretanto, para que cidadãos que tiveram seus pedidos negados possam recorrer à Comissão Estadual de Acesso à Informação, instância recursal superior. A promotoria também vai apurar a conduta dos integrantes dessa comissão diante dos decretos de sigilo das informações. 

Procedimento similar deverá ocorrer dentro da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, que impôs sigilo a mais de cem papéis do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) – cujo sigilo também foi determinado após análise de órgão colegiado interno -, da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). 

O Ministério Público ainda espera confirmar se algum outro órgão, empresa ou fundação ligado ao governo do Estado também impôs sigilo de dados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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