MPL realiza quinto ato do ano contra o aumento da tarifa em SP

  • Por Jovem Pan
  • 21/01/2016 21h37
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SP - PROTESTO/AUMENTO/TARIFA - GERAL - Manifestantes passam em frente à Prefeitura de São Paulo, no centro da cidade, durante o 5º ato do Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento do valor da tarifa do transporte público em São Paulo, que passou de R$3,50 para R$3,80. 21/01/2016 - Foto: GABRIELA BILó/ESTADÃO CONTEÚDO Gabriela Biló/Estadão Conteúdo manifestação

 O Movimento Passe Livre realizou nesta quinta-feira (21) o 5º ato do ano contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo.

A manifestação teve início no terminal parque Dom Pedro, no centro da cidade, por volta das 17h. Do local, os manifestantes seguiram para a Secretaria de Transportes, Câmara Municipal e pretendiam encerrar o protesto na Assembleia Legislativa.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, os manifestantes deveriam terminar o ato na Praça da República, sem passar pelo Viaduto do Chá, pela Câmara Municipal ou pela Avenida 23 de Maio, como havia sido divulgado anteriormente pelo grupo.

Por volta das 21h20 policiais e manifestantes ficaram frente a frente na Praça da República, onde a Polícia Militar queria que o ato terminasse.

O MPL decidiu levantar as mãos para dar continuidade ao ato e seguir caminho. Com o clima mais quente, os manifestantes às 21h30 ainda esperavam a liberação da PM. Cerca de dez bombas de gás foram estouradas no local. 

O protesto do Movimento Passe Livre foi dispersado pela Polícia Militar, após manifestantes insistirem em continuar o ato. Pelo menos 4 pessoas ficaram feridas no Centro de São Paulo. Na correria pela praça, um estilhaço atingiu o rosto de um manifestante, que foi socorrido pelo SAMU. Pelo menos 3 outras pessoas ficaram feridas.

O coronel Henrique Motta afirmou que o aviso prévio sobre o trajeto não foi cumprido: “A secretaria aguardou o máximo possível para poder envolver o fechamento de rua, deslocamento de ônibus, toda segurança para o restante da população. Foi definido um trajeto para que a população, o MPL e seus agregados pudessem se manifestar”.

O ouvidor-adjunto da Polícia do Estado de São Paulo, Walter Foster Junior, tentou facilitar o diálogo. Ele explica que o objetivo é permitir espaço para o protesto: “A ouvidoria está tentando fazer um acordo para que as coisas caminhem para a manifestação. Se não for possível, aí a ouvidoria não pode ir além do limite dela. Mas dentro do limite, ela fará um esforço sobre-humano para que as coisas caminhem da melhor maneira possível”.

O prefeito de São Paulo também manifestou desgaste com a situação nesta quinta-feira. Mais cedo, Fernando Haddad ironizou as reivindicações dos manifestantes: “São 530 mil estudantes que deixaram de pagar passagem, só que a prefeitura tem que pagar né? Alguém tem que pagar. Eu como ex-ministro da educação fiquei feliz da vida, não prometi e vou fazer uma coisa boa para os estudantes. Agora eles querem passe livre para todo mundo, então é melhor eleger um mágico em outubro”.

O Terminal Dom Pedro ficou fechado aos passageiros de ônibus a partir das 17h da tarde de quinta-feira. Segundo a SPTrans, cerca de 240 mil pessoas e 78 linhas utilizavam o local todos os dias.

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