MSF diz que tratou família com sintomas provocado por agente químico na Síria

  • Por Agencia EFE
  • 25/08/2015 12h39
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Cairo, 25 ago (EFE).- A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) denunciou nesta terça-feira que um de seus hospitais em Aleppo, no norte da Síria, tratou no último dia 21 quatro pessoas, entre elas duas meninas, com sintomas de exposição a agentes químicos.

Segundo um comunicado da ONG, os pacientes são membros de uma mesma família, composta pelo pai, a mãe, uma menina de 3 anos e uma bebê recém-nascida.

Todos eles apresentaram vermelhidão nos olhos, erupções cutâneas, conjuntivites e dificuldades respiratórias, que foram seguidas, três horas depois, pela aparição de bolhas e a piora de suas condições respiratórias.

Após proporcionar tratamento sintomático, os quatro parentes foram transferidos a um centro especializado.

“A MSF não tem capacidade para fazer testes de laboratório que confirmem a causa destes sintomas”, reconheceu o responsável de Operações da MSF para a Síria, Pablo Marco.

No entanto, acrescentou que, apesar disso, “as características clínicas e a evolução dos pacientes, assim como seu testemunho sobre as circunstâncias nas quais sofreram o envenenamento, apontam para que foram expostos a um agente químico”.

O responsável humanitário denunciou que “qualquer uso de armas químicas constitui uma violação muito grave do direito internacional humanitário”.

Esta notícia se soma à deterioração cada vez maior da situação humanitária em Aleppo onde, nos últimos meses, 11 centros médicos foram atacados deliberadamente e os poucos que restam não são suficientes para atender as enormes necessidades da população, segundo a MSF.

Por isso, Marco ressaltou que a MSF faz “uma chamada a todas as partes enfrentadas (no conflito da Síria) para que mostrem um mínimo de respeito pela vida humana e para que detenham a violência indiscriminada sobre a população civil”.

A Síria é há mais de quatro anos palco de um conflito que já deixou pelo menos 240 mil mortos, de acordo com os números do Observatório Sírio de Direitos Humanos. EFE

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