MSF reduz drasticamente presença na Síria por aumento da violência

  • Por Agencia EFE
  • 11/03/2015 12h31

Madri, 11 mar (EFE).- A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) apresentou nesta quarta-feira, em Madri, um relatório que reflete a drástica redução de sua presença na Síria devido ao aumento da violência, e onde passou de 2,5 mil médicos a 97 desde o começo do conflito civil, em março de 2011.

O aumento da violência e o sequestro de cinco membros da MSF em janeiro de 2014 levou esta organização humanitária a pôr fim à presença de pessoal internacional na Síria e a trabalhar só com médicos locais e com uma gestão de saúde remota.

A responsável de emergências da MSF, Teresa Sancristóval, disse em entrevista coletiva que as instalações da organização na Síria foram bombardeadas “várias vezes”, e alertou sobre a intensificação da violência nos últimos anos em Aleppo, cidade do norte do país.

A MSF apoia cem hospitais da região e conta com quatro sedes próprias para cuidar das vítimas do conflito, cujos números estimados alcançam 200 mil mortos e cinco vezes mais de feridos.

Sancristóval acrescentou que nos últimos dois anos aumentaram os ataques com barris carregados de material explosivo lançados desde aviões, dos quais são contabilizados até dois por dia e como resultado deixaram “um enorme número de amputações” nos feridos.

“Ficar amputado em Aleppo é praticamente uma sentença de morte”, disse Sancristóval, que explicou que os que perdem alguma de suas extremidades têm maiores dificuldades para abandonar a cidade em caso de bombardeio.

O impacto dos ataques produziu um êxodo “em massa”, com quase quatro milhões de refugiados que se deslocaram a outros países para fugir da guerra e sete milhões no próprio país. EFE

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