MTST ameaça radicalizar seus protestos durante a Copa
São Paulo, 4 jun (EFE).- O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), que reuniu quatro mil pessoas nesta quarta-feira em uma manifestação em São Paulo contra as despesas da Copa do Mundo, ameaçou “radicalizar” seus protestos durante a competição caso suas reivindicações não sejam atendidas.
“Não estão nos deixando alternativa além da radicalização”, afirmou o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, ao ressaltar que até agora nenhuma autoridade aceitou atender os diferentes pedidos do movimento.
Boulos disse que, a oito dias do início da Copa, o governo até agora rejeitou as reivindicações do MTST de expropriação de diferentes áreas urbanas para a construção de casas populares.
“Queremos mostrar ao governo que, se nossas reivindicações permanecerem na geladeira, nos dias de jogo haverá muita gente sem ingressos querendo entrar (nos estádios)”, afirmou o dirigente.
O MTST, que pressiona por avanços na reforma urbana por meio de ocupações de edifícios desabitados, se transformou em um dos grupos mais ativos nos últimos meses nas manifestações contra a Copa.
“O governo poderia ter dado prioridade às despesas em habitação, na construção de casas e no uso de edifícios desabitados para quartos populares”, declarou Boulos. EFE
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