Mubarak é absolvido pela morte de manifestantes na revolução de 2011

  • Por Agencia EFE
  • 29/11/2014 11h09

Cairo, 29 nov (EFE).- O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak foi absolvido neste sábado das acusações que pesavam contra ele pela morte de manifestantes na revolução que o derrubou em 2011, segundo a sentença pronunciada pelo juiz Mahmoud al Rachid.

Ele também foi absolvido no caso de corrupção e enriquecimento ilícito pela exportação de petróleo a Israel a preços inferiores aos do mercado.

O tribunal declarou nula a causa contra Mubarak pelo massacre de manifestantes por não encontrar vínculos entre a atuação do ex-presidente egípcio e a morte dos protestantes em janeiro de 2011.

Ele foi absolvido também, junto com seus filhos Alaa e Gamal, de ter recebido cinco vilas na cidade de Sharm el-Sheikh (no sul da Península do Sinai) do empresário Hussein Salem, porque o juiz considerou que o caso prescreveu.

O ex-ministro de Interior Habib al Adli e seis de seus ajudantes, também julgados pela morte de manifestantes em janeiro de 2011, foram também absolvidos.

A Procuradoria Geral tem a opção de remeter o caso ao Tribunal de Cassação, disse à agência Efe uma fonte judicial.

Se isso acontecer, todos os envolvidos permaneceriam detidos; no caso de Mubarak, seguiria no hospital militar de Maadi, no Cairo, para onde foi transferido por causa de seu precário estado de saúde.

Mubarak, de 86 anos, foi condenado em maio a três anos de prisão por apropriação indevida de recursos públicos, em um caso relacionado ao orçamento dos palácios presidenciais e no qual seus filhos Alaa e Gamal receberam penas de quatro anos pelas mesmas acusações.

No início da audiência de hoje, o juiz Rachidi também declarou este caso prescrito.EFE

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