Mubarak e seus filhos seguirão presos até decisão da justiça egípcia

  • Por Agencia EFE
  • 13/01/2015 12h09
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Cairo, 13 jan (EFE).- O Ministério do Interior do Egito afirmou nesta terça-feira que o ex-presidente Hosni Mubarak e seus filhos Alaa e Gamal continuarão presos até determinação em contrário da justiça, apesar do Tribunal de Cassação ter anulado hoje a última condenação que ainda restava contra ele.

Uma fonte do Ministério do Interior, citada pela agência oficial egípcia “Mena”, disse que os três que não vão ser postos em liberdade porque foram encaminhados ao tribunal detidos, e a resolução de hoje da corte não inclui uma ordem de soltura.

A Procuradoria Geral ou o novo tribunal que repetirá o julgamento por corrupção contra Mubarak e seus filhos, provavelmente o Tribunal de Apelação, é que terão a responsabilidade de ordenar a saída da prisão, segundo a fonte.

Mubarak se encontra sob prisão domiciliar no Hospital das Forças Armadas de Maadi, enquanto seus filhos estão presos no presídio de Tora, ambos no sudeste do Cairo.

O Tribunal de Cassação do Egito aceitou hoje o recurso apresentado pelo ex-presidente Hosni Mubarak e anulou a pena de três anos de prisão ditada anteriormente contra ele por um caso de desvio de fundos públicos.

Fontes judiciais informaram à Agência Efe que a corte ordenou a repetição do julgamento por apropriação indébita de 125 milhões de libras egípcias (cerca de US$ 17 milhões), verba destinada ao orçamento dos palácios presidenciais.

Segundo o sistema egípcio, o Tribunal de Cassação remeterá agora o caso ao Tribunal de Apelação, que constituirá uma corte para repetir o julgamento.

O ex-presidente, deposto em fevereiro de 2011, já não tem nenhuma condenação contra si, depois que em 2 de dezembro de 2014 um tribunal anulou as acusações contra ele pela morte de manifestantes durante a revolução. Inicialmente, ele tinha sido sentenciado à prisão perpétua pelo crime.

O mesmo tribunal o absolveu nesta data de dois casos de corrupção: a venda irregular de petróleo para Israel (por falta de provas) e a aquisição de cinco mansões na cidade de Sharm el-Sheikh (pela prescrição do delito).

A possível libertação de Mubarak gera uma grande controvérsia no Egito, onde muitos veem um retorno paulatino do antigo regime, cujos principais dirigentes já saíram da prisão. EFE

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