Mufti saudita critica rebeldes iemenitas e EI durante peregrinação
Riad, 23 set (EFE).- O mufti da Arábia Saudita, xeque Abdul Aziz Al-Sheikh, a máxima autoridade religiosa do país, criticou nesta quarta-feira em um sermão durante o segundo dia de peregrinação a Meca os rebeldes iemenitas houthis e o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
“Os houthis são um grupo maligno e perigoso que está desviado da religião, insulta os discípulos do profeta Maomé e se empenha em propagar o caos nos países muçulmanos”, ressaltou o clérigo na mesquita Namra perante cerca de três milhões de peregrinos no Monte Arafat.
Os rebeldes iemenitas são de confissão xiita e estão sendo atacados por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, uma monarquia sunita.
Com relação ao EI, o mufti denunciou que esta organização terrorista “não respeitou o sangue dos muçulmanos” e “perpetra ações de destruição”.
O xeque advertiu os jovens sobre se unir ao EI, que proclamou um califado em junho de 2014 nos territórios da Síria e Iraque sob seu controle.
Al Sheikh pediu aos chefes de Estado muçulmanos que tratem com benevolência seus povos e ofereça casa, trabalho e educação a seus filhos.
O sermão do clérigo no Monte Arafat é feito seguindo o exemplo do profeta Maomé, no mesmo lugar onde este pronunciou seu último discurso a seus seguidores.
Após ouvir o sermão e realizar as rezas do meio-dia e da tarde ao mesmo tempo, os peregrinos cumpriram com o principal rito da peregrinação anual ou “hajj” a Meca.
Nesse lugar, os peregrinos permanecerão até o pôr-do-sol antes de se dirigir à cidade vizinha de Muzdalifah, onde recolherão calhaus para apedrejar amanhã três colunas que simbolizam as tentações do diabo.
A peregrinação a Meca é um dos cinco pilares do islã, junto à “shahada” (profissão de fé), a esmola, a oração e o jejum no mês do Ramadã. EFE
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