Mulher paraplégica sobrevive três dias sob os escombros no Nepal

  • Por Agencia EFE
  • 28/04/2015 09h52
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Katmandu, 27 abr (EFE).- Uma mulher paraplégica de 32 anos foi resgatada com vida e está “estável” após permanecer por três dias presa sobre os escombros de sua casa em Katmandu, derrubada no sábado pelo terremoto de 7,8 graus que deixou no Nepal mais de quatro mil mortos, informaram nesta terã-feira à Agência Efe fontes oficiais.

“Ela apresenta uma lesão nas costas, mas está estável”, disse o médico voluntário Kapil Pardel, que cuida desta e outras vítimas do terremoto no Hospital Teaching da capital nepalesa.

O doutor explicou que sua condição não era boa quando as equipes de resgate a trouxeram ontem pela tarde, mas assegurou que a vítima se recuperou favoravelmente nas últimas horas.

Trishna L. Graeju, cunhada da sobrevivente, estava em sua loja de vegetais com a filha, enquanto o marido, carpinteiro, estava trabalhando quando o terremoto castigou a cidade na manhã do sábado, explicou a mulher à Agência Efe.

A família do irmão de Graeju, que também residia no mesmo imóvel de três andares, não estava no local no momento do desabamento, por isso que a vítima estava sozinha na casa, situada em Bakhtapur, uma das áreas mais afetadas da cidade.

“Liguei para meu marido depois do terremoto e conseguimos juntar gente para ir resgatá-la, mas continuava havendo réplicas”, explicou Graeju, que lembra como essa noite mal dormiu sem saber se sua familiar continuava com vida, como tantos outras centenas de pessoas em Katmandu.

A jovem assegura que o pessimismo tinha se apoderado da família.

“Achávamos que nossa irmã estava morta, já que inclusive nosso vizinho que podia caminhar tinha falecido”, manifestou sobre um pensamento que, disse, inundou sua cabeça totalmente na noite de domingo depois que ocorreu um segundo terremoto que fez cair o último muro de pé de sua casa.

A família entrou em contato com o Exécito no sábado, mas somente no dia seguinte alguns soldados e membros de Cruz Vermelha começaram a busca.

A ferida, que padece de uma variante da doença de Dandy Walken desde o nascimento, está consciente e consegue dizer “namaste” (olá) enquanto sorri levemente. EFE

njd/ff

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