Mulheres e crianças sírias sitiadas em Homs poderão sair, promete governo
Genebra, 26 jan (EFE).- As mulheres e crianças sitiadas no centro da cidade síria de Homs, que sofre um assédio armado há vários meses, poderão sair imediatamente, prometeu neste domingo o governo sírio através de sua delegação que negocia com a oposição em Genebra.
Outros civis poderão sair depois, mas o regime sírio quer de uma lista com seus nomes, anunciou o mediador no processo de paz para a Síria, Lakhdar Brahimi.
Para o governo sírio, essa lista permitirá garantir que aqueles que saírem de Homs são realmente civis e não combatentes opositores.
O centro histórico de Homs, um dos focos do conflito armado sírio, está cercado pelas forças do governo há 18 meses por considerar que ali estão infiltrados grupos rebeldes.
Desde então foram contadas as oportunidades nas quais as organizações humanitárias conseguiram entrar com ajuda humanitária aos civis que ainda estão ali.
A oposição afirmou que 500 famílias permanecem na zona bloqueada.
“Há um acordo dos grupos armados que estão dentro de não atacar o comboio de ajuda quanto ele entrar em Homs”, disse Brahimi em entrevista coletiva ao término do terceiro dia das negociações.
O acordo deve ser aplicado nas próximas horas, quando o governador de Homs relatar a Missão da ONU na Síria a partir de qual momento o comboio humanitário pode entrar na região.
“Esperamos que algo ocorra amanhã”, comentou.
Brahimi sustentou que o governo sírio pediu à aliança de oposição que elabore uma lista de pessoas detidas por diferentes grupos rebeldes armados para falarem sobre sua libertação.
A oposição, representada nestas negociações pela Coalizão Nacional Síria (CNFROS), prometeu reunir estes nomes, que recolherá entre as entidades armadas com as quais está em contato ou nas que têm alguma autoridade, detalhou.
Brahimi reconheceu, no entanto, que há grupos combatentes sobre os que a CNFROS não tem nenhum tipo de ascendência e que têm igualmente prisioneiros ou pessoas sequestradas.
De manhã, a oposição entregou uma lista com mais de mil nomes de mulheres e 1.300 de menores de idade que estão detidos em prisões do regime para que proceda sua libertação. EFE
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