Mulheres são maioria nas universidades, mas ganham salários menores
Rio de Janeiro, 31 out (EFE).- As mulheres já são maioria nas universidades brasileiras e correspondem a 57,1% do total de estudantes, mas ainda têm salários inferiores ao dos homens, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Elaborado com dados do censo de 2010, o estudo revelou que as mulheres escolhem cursos universitários que oferecem trabalhos de pior remuneração.
“Esse é um dos motivos pelos quais a maior escolaridade não se refletiu em uma maior equidade no mercado de trabalho. A desigualdade persiste”, afirmou a responsável pelo estudo, Bárbara Cobo.
O setor com menores salários é o de Educação, no qual 83% dos estudantes matriculados são mulheres. Os homens recebem em média R$ 2.340 contra R$ 1.687 das profissionais do sexo feminino.
Em todas as áreas, os salários das mulheres são mais baixos do que o dos homens e as maiores disparidades ocorrem, principalmente, nos setores com remunerações mais altas e de maior presença masculina.
No segmento de serviços, a média do salário feminino (R$ 2.171) equivale a 53,2% dos homens (R$ 4.078). Na engenharia e construção civil, setor no qual as mulheres correspondem a apenas 21,9% dos profissionais, os homens ganham R$ 5.565 contra R$ 3.661 das mulheres (66,4%).
As mulheres brasileiras são responsáveis por 40,9% das receitas do lar e são chefes de família em 38,7% dos casos, indicador que aumentou a equidade na década, já que em 2000 o índice era de 24,9%. EFE
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