Multa a Samarco por tragédia em Mariana pode chegar a R$ 250 milhões

  • Por Jovem Pan
  • 12/11/2015 16h27
Distrito de Bento Rodrigues foi atingido pela lama após rompimento de duas barragens de rejeitos da Samarco Antonio Cruz/Agência Brasil Lama atinge distrito de Bento Rodrigues

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vai aplicar multa que pode chegar próxima de R$ 250 milhões à mineradora Samarco. O valor estipulado foi anunciado pela presidente Dilma na tarde desta quinta-feira (12).

A empresa é responsável pelas barragens Fundão e Santarém, que se romperam há uma semana, causando uma enxurrada de lama que inundou casas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, em 5 de novembro último.

As indenizações por danos materiais, ambientais e humanos devem atingir a casa do bilhão. A rigidez na multa foi uma determinação da presidente Dilma e da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Segundo Marilene Ramos, o Ibama continua analisando a situação ambiental da área atingida pelo desastre. De acordo com o Ibama, o rompimento das barragens lançou 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos em áreas vizinhas.

Marilene Ramos informou que, nos testes realizados até o momento, foram verificadas alterações nos padrões de qualidade da água em rios próximos, inclusive no Rio Doce, que passa pelos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Para a presidente do Ibama, as alterações de qualidade não significam, porém, a presença de substância tóxica na água.

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que, até o momento, seis mortes foram confirmadas em razão do rompimento das barragens. Dois outros corpos foram encontrados e aguardam identificação.

Nesta quinta-feira, após sete dias da tragédia em Minas Gerais, a presidente Dilma sobrevoou as áreas atingidas pelo rompimento das barragens em Mariana. Dilma quer que as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton reparem todos os danos gerados pelo desastre. A presidente afirmou que não cabe ao governo assumir os gastos de uma tragédia provocada pelas empresas.

*Com informações de Agência Brasil

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