Multa sobre consumo maior de água deve pressionar IPC no mês, avalia a Fipe

  • Por Estadão Conteúdo
  • 19/02/2015 14h50
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BIE - Banco de Imagens Externas da Agência Senado. Com risco de escassez de água, parlamentares propõem combate ao desperdício. O Projeto de Lei do Senado (PLS) 112/2013 foi aprovado no primeiro semestre pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e aguarda deliberação da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). Crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado Pedro França/Agência Senado Água

Multas que o consumidor paulistano receberá pelo consumo elevado de água ainda não estão sendo captadas pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que mede a inflação na cidade. No entanto, o coordenador do IPC-Fipe, André Chagas, admitiu que a medida deve pressionar ainda mais o índice fechado do mês, já que as multas estão começando a chegar nas casas dos consumidores. “A Fipe ainda não notou aumentos significativos por causa da multa. Temos de esperar para saber como a Sabesp irá incorporar a medida e quantos serão atingidos”, disse.

Nesta quinta-feira, 19, a Fipe alterou a projeção para o IPC fechado de fevereiro, de 1,10% para 1,14%, após o indicador ter ficado em 1,57% na segunda leitura do mês. Para o grupo Habitação, do qual faz parte o item água e esgoto, a expectativa é de 1,52% na comparação com 1,26% apurado na segunda medição de fevereiro. Este resultado, disse Chagas, foi influenciado pelos serviços de utilidade pública (4,05%), por causa dos aumentos nas contas de água e esgoto, além de energia elétrica (7,26%), devido ao sistema de bandeiras tarifárias vermelhas. Além disso, contou que o item serviços doméstico (2,36%) também exerceu pressão de alta sobre o grupo Habitação.

Viagem

Chagas ainda destacou o comportamento do grupo Despesas Pessoais que ficou em 0,69% ante 0,97% na primeira leitura do mês. Segundo ele, este conjunto de preços foi influenciado principalmente pelos gastos menores dos consumidores com viagem e excursão (-5,20%) no período. Para o economista da Fipe, o movimento pode sinalizar uma procura menor por viagens na época carnavalesca. “Pode ter sido um carnaval mais concentrado na capital”, afirmou. “Também houve queda menor em bebidas não alcoólicas (1,18%), com recuo de 0,13% em água mineral, por exemplo. Pode ser recomposição de margem, alguma promoção. Não é possível saber. Normalmente a gente vê a temperatura, mas não sabe a razão da febre.”, disse.

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