Mundo do espetáculo chora e homenageia Philip Seymour Hoffman

  • Por Agencia EFE
  • 03/02/2014 17h48

Nova York, 3 fev (EFE).- A repentina morte do ator Philip Seymour Hoffman aos 46 anos ontem em Nova York provavelmente de overdose, comoveu o mundo do espetáculo, de Hollywood até a Broadway, passando pela televisão americana.

Julianne Moore, uma das primeiras atrizes que trabalhou com ele antes de ficar famoso -em “Boogie Nights: Prazer Sem Limites” (1997) e “O Grande Lebowski” (1998) – lembrou em seu Twitter: “Me sinto sortuda de ter conhecido e trabalhado com o extraordinário Philip Seymour Hoffman e estou profundamente triste por sua morte”.

O protagonista do filme “O Grande Lebowski”, Jeff Bridges, compartilhou sua dor com seus seguidores no Facebook, onde escreveu que está “surpreso e triste” com a morte do ator e acrescentou que desfrutou de atuar com ele porque “era um tipo extraordinário, malditamente talentoso, um autêntico tesouro”.

O ator e diretor Kevin Spacey disse que a morte de Hoffman é “uma perda indescritível para o cinema, o teatro e para todos os que o conheciam”.

Robert de Niro, que trabalhou com o ator em “Ninguém é Perfeito” (1999), que interpretou uma drag queen, disse que esta é “uma das vezes em que se diz: isto não deveria ter acontecido”.

George Clooney, que dividiu a tela com Seymour Hoffman no thriller político “Tudo pelo Poder” (2005), foi sucinto: “Não há palavras. É simplesmente terrível”.

Susan Sarandon lembrou o ganhador do Oscar por “Capote” (2005) como “um gênio, valente e doce”.

Jim Carrey o reconheceu como “um alma formosa”. E acrescentou no Twitter: “para o mais sensível entre nós o barulho pode ser demais”.

Kevin Costner disse que ninguém saberá “o que teria sido capaz de fazer” e acrescentou que “o que fica (da obra de Hoffman) já é um legado que fala por si”.

O ator Ricky Gervais , da série “The Office”, lembrou o quanto o achava “doce, divertido e humilde”, enquanto Justin Timberlake falou dele como um “ator incrivelmente talentoso”.

Aimee Mann, que compôs a trilha sonora de “Magnolia” (1999), um de seus filmes mais lembrados, simplesmente pôs uma hashtag na rede social Twitter que dizia “#triste”.

O polêmico documentarista Michael Moore também só escreveu “Cristo”.

E quem o dirigiu em Broadway em sua última grande interpretação nos palcos em “Morte de um viajante”, Mike Nichols, concluiu: “Não tenho palavras. Era grande demais e nós estamos destroçados”.

O cineasta nova-iorquino Spike Lee disse que foi “uma revelação e uma bênção” ter Hoffman no elenco de seu drama “A Última Noite” (2002), que tinha o 11 de setembro como pano de fundo para a trama que contava também com Edward Norton e Rosario Dawson.

“Falei com eles esta manhã e estamos todos em choque. Sentiremos saudades do talento que Deus o deu. Nossas orações estão com sua família”, apontou.

O Sindicato de Atores dos EUA (SAG-AFTRA) qualificou Hoffman de “ator extraordinário com interpretações maravilhosas”, enquanto Anton Corbijn, diretor de “O Homem Mais Procurado” (2014, estreia prevista para 20 de junho no Brasil), recém estreado em Sundance, comentou se tratar de um ator “completamente inspirador”.

Suas últimas aparições no cinema chegarão em 2014 e 2015, na multimilionária franquia “Jogos Vorazes”, em que interpretava Plutarch Heavensbee.

“As palavras não podem expressar a perda devastadora que todos sentimos”, afirmou o comunicado assinado pelo diretor Francis Lawrence, pela autora Suzanne Collins e pela protagonista Jennifer Lawrence, entre outros.

“Philip era uma pessoa maravilhosa e um talento excepcional”, agregaram.

Embora tivesse mais cenas para rodar do final da saga, “Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 2”, o estudo Lionsgate informou que a estreia do filme não será afetada.

A única declaração que a família foi para pedir que sua privacidade fosse respeitada, e seus amigos mais próximos na profissão, como o diretor Paul Thomas Anderson e o ator Joaquin Phoenix, não fizeram declarações até agora.EFE

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