Acordo do Brexit deve ser rejeitado e May corre perigo no cargo, diz jornal
Dois deputados britânicos advertiram ao Governo que o pacto do Brexit, que marca a saída do Reino Unido da União Europeia, será rejeitado na próxima terça-feira se não houver grandes mudanças. O comunicado foi feito em artigo publicado, neste domingo (10), no jornal The Sunday Telegraph.
Já o The Sunday Times informou que outros parlamentares poderiam condicionar o apoio ao acordo proposto pela primeira-ministra conservadora, Theresa May, ao abandono do cargo em junho, para que um substituto dirigisse a fase seguinte das negociações com Bruxelas.
Em artigo publicado no The Sunday Telegraph, Steve Baker, da ala dura eurocética dos conservadores, e Nigel Dodds, do Partido Democrático Unionista (DUP) da Irlanda do Norte – membros do Executivo -, avisam que “um acordo de saída sem mudanças será rejeitado com firmeza” na votação prevista para a próxima terça-feira na Câmara dos Comuns.
O Governo em minoria de May, que ainda negocia com Bruxelas possíveis concessões, necessita do voto destes deputados para que seja aprovado o seu tratado, que já foi derrotado com contundência em uma primeira votação em 15 de janeiro.
Os eurocéticos querem garantias legalmente vinculativas de que não será permanente a polêmica salvaguarda incluída para evitar uma fronteira física na ilha da Irlanda após a saída da União Europeia (UE), principal empecilho para a aprovação do pacto.
Baker e Dodds também avisam que atrasar a saída do bloco, como querem alguns parlamentares a fim de evitar um “brexit” duro, seria “uma calamidade” e uma traição ao resultado do referendo de 2016, em que 52% dos britânicos apoiaram deixar a UE.
Segundo a agenda prevista, se o acordo governamental for rejeitado em 12 de março, os deputados votarão em dias seguintes se desejam uma saída não negociada da UE e, em caso de resposta negativa, se querem atrasar a data do “Brexit”, previsto para 29 de março.
*Com Agência EFE
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