Acusada de pôr agulhas em morangos na Austrália pode pegar 10 anos de prisão

  • Por Jovem Pan
  • 12/11/2018 07h19
Joshua Gane Na Austrália foram denunciados 320 casos de sabotagem que afetaram 68 marcas, 49 delas do estado de Queensland

A mulher suspeita de colocar agulhas de costura em morangos que foram comercializados na Austrália pode pegar uma pena máxima de dez anos de prisão. Detida no último domingo (11), a Polícia local anunciou nesta segunda-feira (12) as acusações contra ela.

My Ut Trinth, de 50 anos, foi indiciada por sete acusações por “contaminação de produtos, com a circunstância de agravamento”, disse em entrevista coletiva Jon Wacker, chefe da divisão de Narcóticos e Crimes Graves da Polícia de Queensland, no nordeste do país.

A mulher, uma ex-funcionária do setor dos morangos detida neste domingo, prestou depoimento no tribunal de Brisbane, que lhe negou a liberdade condicional até a próxima audiência no final do mês.

Segundo Wacker, na Austrália foram denunciados 320 casos de sabotagem que afetaram 68 marcas, 49 delas do estado de Queensland.

“Neste assunto, no qual o principal contaminante foram as agulhas, vimos 186 incidentes em todo o país. Destes 77 foram em Queensland e 15 pareceram ser brincadeiras ou queixas falsas”, explicou.

A sabotagem de morangos obrigou a retirada de milhares de cestinhas desta fruta dos supermercados da Austrália e os agricultores a desprezar várias toneladas dos seus cultivos. A indústria movimenta US$ 115 milhões por ano no país.

Na Nova Zelândia também foram detectados alguns casos isolados e as autoridades do país pararam temporariamente a venda dos morangos australianos.

O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, chegou a pedir que as penas aplicadas ao crime de sabotagem de alimentos sejam equiparadas às de financiamento do terrorismo.

“Quem comete um crime de falsificação ou roubo de propriedade do Estado leva dez anos (de prisão). A pena é de 15 anos para a condenação por posse de pornografia infantil ou financiamento do terrorismo”, disse Morisson em entrevista coletiva.

*Com informações da Agência EFE.

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