Agência europeia inclui coágulos sanguíneos raros como efeito colateral da vacina da Johnson
A entidade encontrou uma possível ligação entre o imunizante e casos muito raros de trombose, mas reiterou que os seus benefícios ainda superam os riscos
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) concluiu nesta terça-feira, 20, que pode existir uma relação entre a vacina da Johnson & Johnson e casos de coágulos combinados com baixos níveis de plaquetas no sangue. A entidade exigiu que, a partir de agora, isso seja apontado na bula como possível efeito colateral muito raro, mas voltou a dizer que os benefícios do imunizante superam eventuais riscos à saúde. O mesmo foi feito anteriormente com a vacina de Oxford, fabricada pela AstraZeneca. A agência anunciou que revisaria o imunizante da Johnson & Johnson no último dia 9, depois que foram relatados oito casos de trombose entre as mais de sete milhões de pessoas que já receberam a vacina da Janssen nos Estados Unidos. Os efeitos colaterais aconteceram em adultos com menos de 60 anos, em sua maioria mulheres, em um prazo de até três semanas após a aplicação da injeção.
Há uma semana, as autoridades de saúde norte-americanas recomendaram a suspensão temporária do uso do imunizante da Janssen. A decisão levou a Johnson & Johnson a postergar o lançamento da sua vacina na União Europeia, que por enquanto utiliza os produtos concorrentes da Pfizer–BioNTech, Moderna e Oxford–AstraZeneca. O adiamento causou mais atraso à campanha de vacinação contra Covid-19 do bloco econômico, que já sofre com a escassez de doses. Com o diferencial de poder ser aplicada em uma única dose, a vacina da Johnson & Johnson era vista como uma esperança para acelerar a imunização nos países-membro.
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