Agências da ONU dizem que fome é ‘quase inevitável’ na Faixa de Gaza

Representante suíço lembrou a responsabilidade de Israel de cumprir a lei humanitária, o que inclui a ‘proibição de usar a fome como arma de guerra’

  • Por Caroline Hardt
  • 28/02/2024 07h40
MOHAMMED SABRE/EFE/EPA As Torres Hamad destruídas após uma operação militar israelense na cidade de Khan Younis, sul da Faixa de Gaza Khan Younis (---), 26/01/2024.- As Torres Hamad destruídas após uma operação militar israelense na cidade de Khan Younis, sul da Faixa de Gaza, 26 de janeiro de 2024 (emitido em 27 de janeiro de 2024). Pelo menos 26.000 palestinos e pelo menos 1.330 israelenses foram mortos, de acordo com o Ministério da Saúde palestino e as Forças de Defesa de Israel (IDF), desde que

Representantes de várias agências humanitárias das Nações Unidas afirmaram que a fome é quase inevitável na Faixa de Gaza, onde as hostilidades continuam entre Israel e Hamas e os suprimentos mal chegam, apesar dos constantes apelos da comunidade internacional. “Se algo não for feito, tememos que a fome generalizada em Gaza seja quase inevitável”, disse em discurso Ramesh Rajasingham, diretor de coordenação do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha). O vice-diretor executivo do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Carl Skau, afirmou que, se nada mudar, “a fome é iminente no norte de Gaza”.

Na semana passada, o PMA foi forçado a suspender temporariamente as entregas de alimentos no norte do território palestino devido aos saques e à violência contra vários de seus comboios, já que os alimentos e a água potável se tornaram dramaticamente escassos e as doenças são abundantes. A reunião do Conselho de Segurança foi solicitada por Guiana, Argélia, Eslovênia e Suíça para discutir a situação humanitária no enclave palestino. Durante a sessão, o representante suíço lembrou Israel de sua responsabilidade de cumprir a lei humanitária internacional, “incluindo a proibição de usar a fome como arma de guerra”.

*Com informações da EFE

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