Alemã de 100 anos quer estrear na política por causa de piscina pública

  • Por Jovem Pan
  • 15/04/2019 14h24
Reuters Lisel Heise quer entrar para o Conselho Municipal de sua cidade, no interior da alemanha, porque não consegue ser ouvida

Uma mulher de 100 anos decidiu se candidatar a uma vaga no Conselho Municipal de Kirchheimboladen, no sudoeste da Alemanha, após lutar pela reabertura da piscina pública, que foi fechada em 2011. Kirchheimboladen tem quase oito mil habitantes.

Lisel Heise é uma ex-professora de Educação Física. Antes da Segunda Guerra Mundial, o pai de Lisel foi integrante do conselho municipal da cidade. Ele foi preso por quatro semanas depois de criticar a destruição de sinagogas pelo regime nazista.

Depois de anos sendo ignorada pelas autoridades sobre a piscina, Liesel espera ser ouvida no Conselho Municipal. “Eu sei, por experiência própria, como ela é importante, tanto para o espírito quanto para o corpo”.

Ela alemã lembra que já teve o microfone tirado da mão dela em reuniões públicas sempre que mencionava o assunto da piscina fechada.

“Tenho tantos ex-alunos e eles sempre têm a mesma queixa. Por que eles estão fechando as piscinas ao ar livre? O mais importante é que as crianças permaneçam saudáveis quando são jovens. Se o corpo não for saudável e funcionar adequadamente, a mente não funciona adequadamente”, analisa.

Lisel Heise também tem visões mais amplas da política nacional e mundial. Ela é a favor da União Europeia e apoia os esforços contra as mudanças climáticas.

Sobre a educação, a idosa acredita que as pessoas estão perdendo conteúdo. “Basta ligar a televisão. Durante o dia, só tem blá, blá, blá. As coisas que são realmente interessantes, politicamente interessantes, só passam à noite, quando os trabalhadores estão dormindo. Como resultado, eles não são devidamente informados”, afirma a alemã.

Ela foi convidada pelo grupo popular local Wir für Kibo, ou “Nós por Kirchheinboladen”, para participar das próximas eleições do conselho municipal. O diretor do movimento, Thomas Bock, espera que a popularidade de Lisel possa ajudar a conquistar mais um assento, superando os 24 lugares que o grupo já tem no conselho.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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