Alemanha suspende uso da vacina de Oxford em menores de 60 anos
O país registrou 31 casos de trombose em pessoas que tinham recebido o imunizante há pouco tempo, incluindo nove mortes
A Alemanha anunciou nesta terça-feira, 30, que administrará a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford preferencialmente em pessoas com mais de 60 anos de idade. A medida está relacionada com os 31 casos de trombose em pessoas que receberam o imunizante no país. De acordo com o Instituto Paul-Ehrlich, entre as nove vítimas fatais apenas dois eram homens, um de 36 e outro de 57 anos. As outras sete eram mulheres com idades compreendidas entre 20 e 63 anos. O Instituto Robert Koch advertiu que esses efeitos colaterais podem se manifestar entre quatro e 16 dias após a inoculação de uma dose, especialmente em pessoas com menos de 60 anos. Como 2,7 milhões de pessoas já receberam a vacina de Oxford na Alemanha, a Comissão Permanente para Vacinação reconheceu que os casos são raros, mas defendeu que, por serem graves, eles merecem ser tratados com cautela. “Felizmente, temos vacinas suficientes para podermos tomar essa decisão”, comentou a primeira-ministra Angela Merkel sobre o assunto. Apesar da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) ter descartado a ligação entre a vacina de Oxford e os casos de trombose, a utilização do imunizante já estava suspensa em vários estados da Alemanha.
Canadá
As autoridades sanitárias do Canadá recomendaram nesta segunda-feira, 29, a suspensão do uso da vacina de Oxford em pessoas com menos de 55 anos de idade. Apesar de 500 mil doses do imunizante já terem sido administradas no país sem uma quantidade significativa de reações adversas, o Comitê Assessor Nacional em Imunização do Canadá está preocupado com os casos de trombose relatados em nações estrangeiras, especialmente na Europa. Por esse motivo, o governo solicitará à fabricante que realize uma avaliação detalhada dos benefícios e riscos do imunizante por idade e sexo no contexto interno canadense. As autoridades sanitárias destacaram que os dados fornecidos pelas empresas farmacêuticas determinarão se é necessária ou não uma ação regulatória adicional.
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