Alpinistas retiram 11 toneladas de lixo e resgatam 4 corpos do Everest

  • Por Jovem Pan
  • 27/05/2019 17h02
EFE/ Narendra Shrestha Equipe recolheu 11 toneladas de resíduos do Monte Everest, no Nepal

Uma equipe de alpinistas que fazia trabalhos de limpeza de materiais deixados no Everest retirou cerca de 11 toneladas de resíduos e quatro corpos de escaladores que morreram no monte mais alto do mundo.

Uma equipe de 12 experientes alpinistas sherpas completou nesta segunda-feira (27) a limpeza em uma operação promovida pelo governo do Nepal e que começou em meados de abril.

“Junto com o lixo, também foram recuperados quatro corpos achados nos acampamentos situados nas partes mais altas do Everest e que foram levados a Katmandu na semana passada”, disse o diretor-geral do Departamento de Turismo nepalês, Dandu Raj Ghimire. O projeto, que teve um investimento de mais de US$ 200 mil, é a maior campanha de limpeza da montanha e a primeira promovida pelo governo do Nepal.

Os resíduos serão transferidos à base do exército do Nepal no povoado de Namche Bazar, a 3.440 metros de altitude, e depois à capital do país para serem reciclados pela companhia especializada Doko Recycling.

Tudo o que foi coletado são resíduos deixados por centenas de alpinistas de diversos países que a cada temporada de primavera, entre abril e maio, época ideal para a escalada, gastam milhares de dólares para chegar ao pico mais alto do mundo. No caminho, eles deixam um rastro de lixo.

Durante os últimos anos, o Everest ganhou o infame título de “lixeira mais alta do mundo” pelas toneladas de equipamentos de escalada, cilindros de oxigênio e restos mortais de escaladores que morreram durante a escalada e cujos corpos não foram achados. Em 2014, o governo impôs aos alpinistas uma regra: devem voltar do cume com pelo menos oito quilos de resíduos.

Antes de cada expedição, cada equipe deve pagar US$ 4 mil como depósito que é reembolsado depois que o escalador entregar a cota de resíduos, mas muitas equipes acabam deixando o lixo na montanha.

*Com EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.