Americano processa empresa por festa surpresa de aniversário no escritório e ganha R$ 2,1 milhões

Kevin Berling havia avisado gerente de que evento poderia lhe causar ansiedade, e teve ataques de pânico; ele foi demitido pouco depois

  • Por Jovem Pan
  • 18/04/2022 22h51 - Atualizado em 18/04/2022 22h52
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Pixabay Bolo de aniversário com velas no formato das letras que formam as palavras Happy Birthday acesas Empresa realizava festas de aniversário para todos os funcionários, mas Kevin Berling havia pedido que não fizessem para ele

O americano Kevin Berling processou a empresa em que trabalhava por receber uma festa surpresa de aniversário no escritório em 2019 e ganhou US$ 450 mil (R$ 2,1 milhões) na Justiça. Berling, que mora no Estado do Kentucky, havia avisado o patrão de que uma celebração poderia causar estresse, uma vez que ele tem transtorno de ansiedade, e alega que após a festa na Gravity Diagnostics, teve um ataque de pânico e precisou lidar com uma série de memórias desconfortáveis da infância. Ele saiu rapidamente da festa e finalizou o almoço em seu carro; no dia seguinte, colegas o confrontaram e o acusaram de “acabar com a alegria” e “de ser um maricas”, o que levou Berling a ter mais um ataque de pânico e a ficar em casa nos dias seguintes.

Pouco após o ocorrido, o homem foi demitido – a empresa alegou preocupações com a segurança no local de trabalho. Berling, então, entrou com o processo, com a afirmação de que a empresa o discriminou por causa de uma deficiência e que foi alvo de uma injusta retaliação. No final de março de 2022, um tribunal do júri concedeu a vitória a Berling, que deverá ser indenizado em US$ 450 mil, incluindo US$ 300 mil (R$1,4 milhão) por sofrimento emocional e US$ 150 mil (R$700 mil) em salários perdidos. A chefe do escritório de operações da empresa, Julie Brazil, disse ao canal de TV local Link NKY que não voltaria atrás na decisão de demiti-lo, pois ele teria violado uma política sobre violência no local de trabalho. O advogado de Berling, Tony Bucher, disse à BBC, que não há provas de que seu cliente tenha representado uma ameaça a qualquer colega de trabalho. “Assumir que pessoas com problemas de saúde mental são perigosas sem qualquer evidência de comportamento violento é discriminatório”, declarou.

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