Análise genética confirma a morte de Prigozhin, líder do Grupo Wagner

Avião em que líder do grupo paramilitar estava caiu na quarta-feira, 23, na região de Tver, ao norte de Moscou

  • Por Jovem Pan
  • 27/08/2023 10h35 - Atualizado em 27/08/2023 10h53
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Handout / Telegram/ @concordgroup_official / AFP Imagem de chefe do Grupo Wagner Rússia confirma morte de chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin

A morte de Yevgueni Prigozhin, líder do grupo paramilitar russo Wagner, cujo avião caiu na última quarta-feira, 23, foi confirmada por análise genética. A informação foi divulgada neste domingo, 27, pelo Comitê de Investigação da Rússia (CIR).  Depois de realizar uma “análise genética molecular”, foi estabelecido que as identidades das dez vítimas cujos corpos foram encontrados “correspondem à lista” de passageiros e tripulantes do avião, incluindo Prigozhin, afirmou o comitê em um comunicado. Na sexta-feira, 25, o CIR encontrou as caixas-pretas do avião de fabricação da Embraer que caiu com dez pessoas a bordo, entre elas, o chefe do grupo mercenário Wagner. Vários objetos e documentos também foram recuperados, o que é essencial “para esclarecer as circunstâncias do desastre aéreo”, segundo o CIR. A imprensa russa especulou que alguém poderia ter roubado as caixas-pretas para evitar que fosse esclarecido se a queda foi um assassinato, como muitos veículos do país acreditam, e não um acidente. Quando o avião atingiu o solo na região de Tver, entre Moscou e São Petersburgo, os três membros da tripulação e os sete passageiros foram carbonizados. O Kremlin negou veementemente a “especulação” de que o presidente russo Vladimir Putin estaria por trás da queda. “É tudo mentira”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, em sua primeira entrevista coletiva por teleconferência após um hiato de quase três semanas.

Na quinta-feira, 24, Putin rompeu o silêncio sobre a queda do avião de Prigozhin, alguém que ele disse conhecer há 30 anos e a quem elogiou. Há dois meses, porém, o líder russo o acusou de traição quando Prigozhin se rebelou contra alguns setores do Kremlin e chegou com suas tropas a cerca de 200 quilômetros de Moscou, mas depois o recebeu no Kremlin e concordou em transferir seus mercenários para a vizinha Belarus. O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, disse que não fazia “nenhum sentido” que as autoridades russas matassem Prigozhin e também descartou o envolvimento do chefe do Kremlin. “Para um chefe de Estado, isso é loucura. E ele não é um louco”, afirmou.

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