Apesar de remota, existe chance de Battisti pedir asilo político à Bolívia, diz especialista

  • Por Jovem Pan
  • 13/01/2019 12h48
Gabriela Biló/Estadão Conteúdo “Se acontecer, vai embaralhar a situação. Não seria a primeira vez que ele faria isso", lembrou Furriela

O italiano Cesare Battisti foi preso neste sábado (12), na Bolívia, e agora fica a dúvida quanto ao seu processo de extradição.

Segundo o professor de Direito Internacional, Manuel Furriela, a novela que se arrasta há anos ainda corre o risco de sofrer mais um revés. Apesar de a chance ser remota, haveria a possibilidade de o italiano pedir asilo político à Bolívia.

“Se acontecer, vai embaralhar a situação. Não seria a primeira vez que ele faria isso. Ele fez na França, mas com a mudança de governo ele veio no Brasil e sabemos a história. Não acho provável que o governo boliviano conceda um asilo, mas há esse ponto. Acho a chance remota, porque ele é foragido da Justiça brasileira”, disse em entrevista exclusiva à Jovem Pan.

Extradição

Ainda não foi confirmado se Cesare Battisti será trazido da Bolívia para o Brasil e, aí sim, extraditado para a Itália. De acordo com o assessor especial da Presidência da República, Filipe G. Martins, o terrorista italiano passará pelo Brasil antes de seguir para a Itália.

A informação, entretanto, foi dada pelo Twitter do assessor especial na madrugada deste domingo (13) e não foi confirmada pelo Itamaraty.

De acordo com Furriela, o “trâmite tradicional” é que Battisti venha primeiro ao Brasil. “Como é o Brasil que está fazendo a solicitação, é do Brasil que ele é foragido, o trâmite correto é trazê-lo ao Brasil e, aí sim extraditá-lo à Itália”, afirmou.

Para o professor de Direito Internacional, o processo de agora em diante deve ser célere, já que não ha motivos para que se postergue a extradição.

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