Apesar de tensões, EUA dizem que seguem preparando reunião entre Kim e Trump
O governo dos Estados Unidos afirmaram nesta terça-feira (15) que segue organizando a cúpula entre o presidente Donald Trump e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.
A confirmação ocorre depois de a Coreia do Norte cancelar um diálogo de alto nível com a Coreia do Sul em protesto pelos exercícios militares realizados entre Washington e Seul, de acordo com a agência “Yonhap”. Apesar disso, a Casa Branca afirmou que a operação será mantida porque é “legal” e “não provocativa”.
“Não ouvimos nada do governo norte-coreano nem da Coreia do Sul que indique que não vamos continuar com esses exercícios ou que não seguiremos planejando a reunião entre o presidente Trump e Kim Jong-un no próximo mês”, disse a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, em entrevista coletiva.
Naeurt disse que os EUA não receberam nenhuma notificação, nem formal ou informal, da Coreia do Norte sobre o encontro. Portanto, a reunião, marcada para o dia 12 de junho, em Cingapura, continua sendo planejada normalmente.
“Kim Jong-un disse no passado que entende a necessidade e a utilidade de os EUA e a Coreia do Norte se envolverem nesses exercícios, que são legais e planejados com antecedência”, ressaltou a porta-voz do Departamento de Estado.
“(Os exercícios) não são provocativos, fazemos essas coisas no mundo todo com nossos aliados”, acrescentou Nauert.
Segundo a “Yonhap”, que cita a agência oficial norte-coreana “KCNA”, Pyongyang considera que as manobras aéreas “Max Thunder”, iniciadas neste fim de semana por Washington e Seul, são um ensaio para uma invasão do país e uma “provocação proposital”.
“Os EUA terão que avaliar cuidadosamente tudo relacionado com a cúpula prevista com a Coreia do Norte, após esses provocadores exercícios militares conjuntos com a participação das autoridades da Coreia do Sul”, indicou a “KCNA”.
A “Yonhap” informou que a Coreia do Norte cancelou uma reunião de alto nível com a Coreia do Sul marcada para amanhã devido aos exercícios militares, que devem prosseguir por mais duas semanas.
A manobra aérea envolve mais de cem caças e bombardeiros. Pela primeira vez, os EUA estão utilizando aeronaves com tecnologia “stealth”, de acordo com fontes do Ministério da Coreia do Sul.
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