Após 1º turno, Milei fala em aliança para ‘acabar com o kirchnerismo’ e Massa promete ‘governo de união nacional’

Atual ministro da Economia do governo de Alberto Fernández e o deputado ultraliberal vão disputar a chefia do governo argentino no próximo mês em votação decisiva

  • Por Jovem Pan
  • 23/10/2023 08h00 - Atualizado em 23/10/2023 08h00
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Emiliano Lasalvia e Luis Robayo/AFP sergio-massa-javier-milei-após-primeiro-turno-argentina-eleicoes-Emiliano Lasalvia-AFP-LUIS ROBAYO-AFP Sérgio Massa e Javier Milei disputam segundo turno das eleições argentinas neste domingo

O candidato peronista à presidência da Argentina e atual ministro da Economia, Sergio Massa, prometeu formar um governo de união se vencer o segundo turno das eleições, em 19 de novembro. Massa, da coalizão União pela Pátria, foi o mais votado no primeiro turno realizado no domingo, 22, com cerca de 36% dos votos, contra cerca de 30% do ultraliberal Javier Milei, do partido A Liberdade Avança, favorito nas pesquisas até então, que também vai disputar a chefia do governo no próximo mês na votação decisiva. “Vou convocar um governo de união nacional em 10 de dezembro como presidente, convocando os melhores, independentemente de sua força política”, declarou Massa ao falar para centenas de apoiadores reunidos em seu quartel-general de campanha. Em um discurso inflamado, Massa, que é ministro da Economia desde julho de 2022 no atual governo de Alberto Fernández, agradeceu pelos votos, mas também fez um apelo aos que optaram por outros candidatos ou não foram às urnas.

“A cisão está morta, e uma nova etapa começa em 10 de dezembro [data da posse] em meu governo”, disse Massa, líder da Frente Renovadora, a terceira maior força da coalizão peronista União pela Pátria. Apesar da sinalização clara para uma aliança com a terceira colocada no pleito, Patrícia Bullrich, da coalizão Juntos pela Mudança, que ficou na terceira posição com 23,82% dos votos, a política já rejeitou qualquer possibilidade de se aliar ao peronismo no segundo turno. “O populismo empobreceu o país e não sou eu quem vai felicitar o regresso ao poder de alguém que fez parte do pior governo da história Argentina”, disse. Javier Milei, em seu discurso, fez um apelo, sem citar Bullrich, de uma aliança para “acabar com o kirchnerismo”: “Dois terços dos argentinos votaram por uma mudança, uma alternativa a esse governo de delinquentes”, disse ele. “Se todos nós que queremos a mudança não trabalharmos juntos, eles vão acabar com este país”, acrescentou.

*Com informações da EFE

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