Após lava tocar o mar nas Ilhas Canárias, ‘zona de exclusão’ é criada para evitar contato de moradores com gás tóxico

Governo de La Palma tem ponto de bloqueio de navegações no mar e outras duas áreas com circulação proibidas por causa do Cumbre Vieja

  • Por Jovem Pan
  • 29/09/2021 14h14 - Atualizado em 29/09/2021 15h55
Ministerio de Defensa / Twitter/Reprodução Equipes monitoram emissão de gases tóxicos do vulcão Cumbre Vieja Equipes monitoram emissão de gases tóxicos do vulcão Cumbre Vieja

O governo das Ilhas Canárias reforçou nesta quarta-feira, 29, as orientações para que a população da ilha de La Palma, tomada pela erupção do vulcão Cumbre Vieja, respeite as duas “zonas de exclusão” criadas pelas autoridades para evitar que gases tóxicos emitidos no epicentro da lava e no encontro do material vulcânico com o mar sejam respirados pelos moradores. Ao todo, duas milhas náuticas oceânicas, uma área de dois quilômetros na costa de Tazacorte e um perímetro com raio de 2,5 quilômetros ao redor do vulcão foram bloqueados. “O Plano de Emergência Vulcânica das Ilhas Canárias monitora continuamente a qualidade do ar em estações de localidades distintas para detectar os limiares do gás tóxico causado pelo contato da lava com o mar. O vento empurrará a nuvem [de gás] para a região sudoeste da ilha”, afirmou o canal de comunicação do governo nas redes sociais.

O uso de máscaras PFF2 é recomendado para todos os moradores da ilha por causa da possibilidade de queda de cinzas do vulcão, que podem irritar os olhos e causar problemas respiratórios. O material vulcânico acumulado no telhado de casas também é retirado com ajuda de equipes do corpo de bombeiros, porque causa riscos de desabamento em algumas localidades. Segundo os últimos dados divulgados pelas autoridades locais, 476 hectares foram completamente tomados pela lava no país e 744 construções foram destruídas pela erupção do vulcão. Pelo menos seis mil pessoas foram evacuadas das próprias casas, mas a maioria delas foi alocada para residências provisórias na ilha. No momento, há 185 pessoas consideradas como “desabrigadas” em um hotel da região. O monitoramento do encontro da lava com o mar é feito por uma série de equipes governamentais no mar, na terra e com a ajuda de drones.

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