Após protestos, ações da Polícia de Minneapolis na última década serão investigadas
O estado de Minnesota, nos Estados Unidos, anunciou que vai investigar as práticas do Departamento de Polícia de Minneapolis na última década para determinar se foram cometidos atos discriminatórios contra as populações negra e latina. A decisão foi desencadeada pela indignação sobre o assassinato de George Floyd.
Segundo Tim Walz, governador do estado, o Departamento de Direitos Humanos de Minnesota apresentou uma acusação sobre violação de direitos civis contra o Departamento de Polícia de Minneapolis. Como consequência, o estado “investigará as políticas, procedimentos e práticas do departamento ao longo dos últimos dez anos para determinar se foram cometidas práticas discriminatórias sistemáticas”, comentou Waltz.
As consequências da investigação não estão claras, mas a encarregada de comandar a pesquisa, Rebecca Lucero, deu a entender que não são esperadas acusações penais.
“Não se trata de buscar responsabilidades pessoais pela via criminal. Trata-se de mudar o sistema”, disse Lucero, que dirige o Departamento de Direitos Humanos de Minnesota, ao The Minnesota Star Tribune.
A investigação é anunciada dois dias após Derek Chauvin, policial branco de Minneapolis que deteve e assassinou Floyd, ao permanecer com o joelho sobre o pescoço da vítima por quase nove minutos, até causar a morte por sufocamento. O ato foi gravado em vídeo, e gerou uma onda de protestos nos Estados Unidos.
Os outros três agentes envolvidos na ação policial foram demitidos, mas não presos. Segundo Keith Ellison, procurador-geral do estado, investiga os relatórios de autópsia de Floyd, revelados na segunda-feira, que concluíram que a morte foi um homicídio, bastam para ordenar a prisão dos outros três.
* Com EFE
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