Após segundo ataque a porto, Zelensky acusa Rússia de tentar prejudicar exportações de grãos

Região atingida é crucial para exportação de produtos agrícolas ucranianos; na Crimeia, incêndio provocou ordem de saída de 2 mil civis

  • Por Jovem Pan
  • 19/07/2023 09h04 - Atualizado em 19/07/2023 09h16
Oleksandr GIMANOV / AFP Fragmentos de míssil após explosão em Odessa, na Ucrânia Fragmentos de míssil após explosão em Odessa, na Ucrânia

No segundo dia seguido de ataques da Rússia ao porto de Odessa, o maior da Ucrânia, o presidente ucraniano Volodimir Zelensky acusou o país de Vladimir Putin de “ataques deliberados” a locais utilizados para exportar grãos. O acordo com a Rússia que garantia a saída dos produtos pelos portos expirou na última segunda-feira, 17. Segundo o ministério responsável pela restauração da Ucrânia, “os terminais de grãos e as infraestruturas portuárias de Odessa e Chornomorsk foram atacados”, causando danos “nos armazéns e cais perto de Odessa”. A Procuradoria-Geral ucraniana indicou que este é o “maior ataque” russo na região e que “terminais de grãos e petroleiros foram danificados”, além de “casas, infraestruturas agrícolas e carros”. Nessa região, ficam os três portos utilizados por Kiev para exportar seus produtos agrícolas. Os ataques deixaram ao menos 12 feridos na região, segundo o governador de Odessa, Oleg Kiper.

Incêndio na Crimeia

Ainda nas últimas horas, um incêndio em uma área militar na Crimeia, possivelmente causado pela explosão de um depósito de munições, fez as autoridades da região anexada pela Rússia ordenarem a saída de mais de 2.000 civis de suas residências. O incêndio provocou o fechamento de uma rodovia que liga o porto de Kerch, no leste da Crimeia, à cidade de Sebastopol, no sudeste. Dois portais russos, Mash e Baza, próximos aos serviços de segurança de Moscou, informaram que explosões foram ouvidas na área. De acordo com o Mash, um depósito de munições sofreu um incêndio.

As autoridades russas não confirmaram a explosão e não revelaram as possíveis causas do incêndio. O Serviço de Inteligência Ucraniano (GUR) negou uma reivindicação do incêndio. Desde o início da ofensiva contra a Ucrânia em fevereiro de 2022, a Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, é cenário frequente de ataques de drones aéreos e navais.

* Com informações da AFP

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