Arábia Saudita confirma morte de jornalista e diz que a causa foi uma ‘briga’
Em comunicado transmitido na madrugada deste sábado, 20, o canal de noticias da estatal saudita Al Ekhbariya confirmou a morte do jornalista Jamal Khashoggi. Câmeras de segurança o mostraram entrando no consulado da Arábia Saudita na Turquia, mas não mostravam sua saída. A causa da morte, segundo o governo saudita, teria sido uma “briga” entre o jornalista e atendentes do consulado.
O chefe de inteligencia saudita, Ahmed Al Asiri, e o conselheiro real, Saud Al Qahtani, foram retirados de seus cargos. Além deles, 18 cidadãos foram presos em decorrência do caso. A investigação está apenas no começo.
Jamal Khashoggi trabalhava havia um ano no jornal americano “The Washington Post” e suas colunas eram recheadas de criticas ao governo saudita e ao príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman. O jornalista estava desaparecido desde o dia 02 de outubro. A última vez que foi visto foi por câmeras de segurança entrando no consulado de seu país em Istambul. Ele precisava de um documento para se casar com a sua noiva turca, Hatice Cengiz que o esperava do lado de fora.
O caso gerou uma grande repercussão depois que o jornal turco “Yeni Safak” publicou gravações feitas no interior do consulado. De acordo com a reportagem, o jornalista teria sido torturado e decapitado por sete minutos e o corpo teria sido desmembrado enquanto ele ainda estava vivo.
Donald Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem defendido a Arábia Saudita e chegou a dizer que acreditava que o jornalista “poderia ter sido alvo de assassinos fora de controle”.
O secretário de Estado americano Mike Pompeo esteve no país, onde se encontrou com o rei e também com o príncipe herdeiro. Eles conversaram e prometeram uma “punição severa”.
*Com informações do repórter Daniel Lian
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.