Arábia Saudita não extraditará acusados por caso Khashoggi

  • 09/12/2018 17h11
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Reprodução/Facebook Al Yubeir pediu à Turquia que apresente informação oficial sobre o caso do assassinato Khashoggi

O governo da Arábia Saudita reforçou neste domingo que os acusados pelo assassinato do jornalista dissidente Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul não serão extraditados à Turquia, país que os reivindica pelo crime cometido no último dia 2 de outubro.

“As investigações no caso do assassinato de Khashoggi seguem segundo os trâmites da Justiça saudita, e as leis na Turquia também impedem a extradição dos acusados a outros países, da mesma forma que na Arábia Saudita”, declarou hoje em entrevista coletiva em Riad o ministro de Relações Exteriores saudita, Adel al Yubeir.

Além disso, Al Yubeir pediu à Turquia que apresente informação oficial sobre o caso do assassinato Khashoggi. “Nós estamos abertos a qualquer evidência que qualquer país tenha e que ajudem nas nossas investigações”, disse.

No último dia 5 de dezembro, a procuradoria de Istambul ditou uma ordem de detenção contra dois altos cargos sauditas, Ahmed Asiri e Saud al Qahtani, pela sua suposta vinculação com o assassinato do jornalista dissidente.

O documento de acusação considera ambos culpados de “homicídio proposital e premeditado com ânimo selvagem ou infligindo tormentos”, segundo informou a agência turca “Anadolu”.

A mesma acusação, com pedido de extradição, já pesa sobre os 15 integrantes da equipe saudita que chegou no dia 2 de outubro a Istambul para matar Khashoggi, assim como contra três funcionários do consulado que deixaram a Turquia após o crime.

No entanto, Riad ressaltou que os suspeitos do crime serão julgados na Arábia Saudita.

Khashoggi foi assassinado no fia 2 de outubro no consulado saudita em Istambul, ao qual tinha ido para coletar documentos que lhe permitissem casar-se com sua noiva turca.

Riad admitiu o homicídio, mas não esclareceu o que ocorreu com o corpo.

A procuradoria saudita anunciou no mês passado que indiciou 11 pessoas por assassinato e exigiu a pena de morte contra cinco delas, todas pertencentes ao grupo que voou a Istambul para matar o jornalista.

Por sua parte, as autoridades turcas afirmam ter provas que Khashoggi foi asfixiado e seu corpo depois esquartejado para fazê-lo desaparecer.

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