Argentina fecha urnas de eleição que pode definir novo presidente
A Argentina encerrou às 18h (locais; mesmo horário em Brasília) a votação que poderá definir, em primeiro turno, o novo presidente do país, além de renovar parcialmente a composição do Congresso.
Os argentinos escolheram nestas eleições gerais entre a continuidade de Mauricio Macri à frente da Casa Rosada ou a volta do peronismo, desta vez sob liderança de Alberto Fernández e com a ex-presidente Cristina Kirchner como vice.
Após o fechamento das urnas, o ministro do Interior, Rogelio Frigerio, disse em entrevista coletiva que a participação popular no pleito foi alta, superior a 80%, em um dia de votação que transcorreu “majoritariamente com normalidade e em paz”.
Os primeiros dados oficiais da apuração provisória estarão prontos a partir das 21h. No entanto, a Justiça Eleitoral ordenou que a divulgação dos resultados parciais assim que tiverem sido contabilizados os votos de pelo menos 10% das mesas de votação dos quatro maiores distritos eleitorais da Argentina.
A resolução foi adotada devido a objeções apresentadas pela Frente de Todos, coalizão de Alberto Fernández, sobre a confiabilidade dos sistemas eletrônicos para a contabilização dos votos e a transmissão de dados por parte da empresa Smartmatic.
A apuração provisória é de responsabilidade do Ministério do Interior. Embora não tenha validade legal, tem valor informativo sobre o resultado da eleição no mesmo dia do pleito.
A contagem que será feita pela Justiça eleitoral a partir da próxima terça-feira é que tem peso legal para determinar se um candidato conseguiu se eleger em primeiro turno ou se será necessária a realização de um segundo turno, marcado para 24 de novembro.
A votação final só acontecerá se nenhum dos seis candidatos à presidência que participaram da eleição este domingo obter pelo menos 45% dos votos ou 40% com dez pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado.
À espera dos resultados provisórios, militantes da frente governista Juntos pela Mudança, de Macri, montaram um “bunker” no centro de convenções Costa Salguero, na zona portuária, enquanto a Frente de Todos tem um “quartel-general” em um centro cultural e de eventos do bairro de Chacarita.
Além de votarem para presidente e vice-presidente, os argentinos foram hoje às urnas para renovarem parte da composição do Congresso. Estavam em disputa 130 das 257 cadeiras na Câmara dos Deputados e 24 das 72 no Senado. Também foram realizadas eleições para governador nas províncias de Buenos Aires, Catamarca e La Rioja, e para prefeito na capital do país.
*Com informações da EFE
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