Ataque a faca deixa ao menos três mortos em Basílica na França

Uma das vítimas foi decapitada ainda dentro do local; outras mortes aconteceram fora da igreja

  • Por Jovem Pan
  • 29/10/2020 07h14 - Atualizado em 29/10/2020 12h47
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EFE/EPA/SEBASTIEN NOGIER Duas das mortes aconteceram dentro da basílica de Notre-Dame de l’Assomption

Um ataque com faca deixou pelo menos três mortos na basílica de Notre-Dame de l’Assomption em Nice, na França, por volta das 9h (horário local, 5h de Brasília). As vítimas seriam um homem e duas mulheres. De acordo com o jornal francês Le Monde, outras pessoas ficaram feridas. Duas mortes aconteceram dentro da igreja — sendo que uma mulher foi decapitada. A terceira aconteceu fora, em um bar, onde a vítima tentava se proteger. A vítima do sexo masculino seria o guardião da igreja. A policia nacional e municipal interviram e o homem que atacou foi preso após ser baleado pelos oficiais.

Ele está em estado de urgência e foi levado ao hospital. A Procuradoria Nacional Antiterrorista (PNAT) abriu investigação por assassinato e tentativa de assassinato em conexão com “empresa terrorista” e “associação criminosa terrorista”. O presidente da França, Emmanuel Macron, deve visitar a cidade no final da manhã. O prefeito de Nice, Christian Estrosi, disse, pelo Twitter, que está chateado e que conversou com Macron pelo telefone sobre o que aconteceu. Ele pediu que o povo de Nice evite a área para deixar a polícia e os serviços de emergência trabalharem.

O primeiro-ministro da França, Jean Castex, classificou o atentado como “imóvel, bárbaro e abjeto” e prometeu que resposta vai ser “firme, implacável e imediata”. Uma reunião extraordinário do Conselho de Defesa do país vai acontecer já na sexta-feira (30), após o governo anunciar que elevou o nível de vigilância terrorista para máxima. Em pronunciamento após o ataque, o presidente Emmanuel Macron emitiu uma mensagem de união e, após afirmar que “a França está sobre ataque”, afirmou que o país não vai ceder.

Outros ataques

No dia 16 de outubro o professor Samuel Paty foi decapitado na região de Conflans-Sainte-Honorine, a cerca de 30 quilômetros de Paris. O docente de história mostrou, em uma de suas aulas, uma caricatura de Maomé em uma aula sobre liberdade de expressão — o que irritou vários muçulmanos. No fim de setembro, pelo menos quatro pessoas ficaram feridas também após um ataque a facas próximo aos escritórios do jornal francês Charlie Hebdo, na capital francesa. No início daquele mês a revista satírica francesa levou às bancas as charges de Maomé que, em 2006, tornou-se alvo de jihadistas. Ainda não se sabe se há relação entre as ocorrências.

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