Ataque contra navio no Mar Vermelho deixa mortos pela primeira vez desde escalada das tensões 

Segundo os Estados Unidos, ao menos três pessoas foram mortas e quatro ficaram feridas

  • Por Jovem Pan
  • 06/03/2024 22h10
Handout / US Central Command (CENTCOM) / AFP Ataque no mar vermelho Nesta imagem obtida do Comando Central dos EUA (CENTCOM) em 6 de março de 2024, mostra o graneleiro de bandeira de Barbados e de propriedade da Libéria depois de ter sido atingido por um míssil balístico antinavio (ASBM) lançado pelos rebeldes Houthi apoiados pelo Irã

Um míssil disparado pelos rebeldes houthis do Iêmen atingiu, nesta quarta-feira, 6, um navio-graneleiro no Golfo de Áden e, segundo a tripulação, deixou três mortos e pelo menos quatro feridos, informou o Exército dos Estados Unidos. Essa é a primeira vez desde que a tensão na região escalou que há vítimas fatais. Os rebeldes huthis, que contam com o apoio do Irã, atacam desde novembro barcos comerciais que navegam pelo Mar Vermelho e pelo Golfo de Áden, e que consideram estar vinculados a Israel. De acordo com os insurgentes, eles agem em solidariedade aos palestinos da Faixa de Gaza, palco de um conflito entre o Exército israelense e o movimento islamista Hamas.

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Um míssil balístico antinavio atingiu o “M/V True Confidence”, de bandeira de Barbados e propriedade liberiana. Sua tripulação informou que são “três vítimas mortais, pelo menos quatro feridos, entre os quais três estão em estado crítico, e danos significativos na embarcação”, declarou o Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) em comunicado.  “A tripulação abandonou o barco e os navios de guerra da coalizão responderam e estão avaliando a situação”, disse o Centcom, ao destacar que se tratava da quinta vez que os huthis lançavam um míssil balístico antinavio em dois dias. “Estes ataques temerários dos huthis perturbaram o comércio mundial e custaram as vidas de navegantes internacionais”, acrescentou o Centcom.

Em um comunicado nas redes sociais, o porta-voz militar huthi Yahya Saree afirmou que o “True Confidence” foi alcançado por “mísseis” depois que “a tripulação rechaçou as mensagens de advertência”, provocando um “incêndio”. A embaixada britânica em Saná havia anunciado anteriormente que o balanço era de ao menos dois mortos, e descreveu a perda de vidas como “a triste, mas inevitável consequência de os huthis dispararem temerariamente mísseis contra a navegação internacional”. “Seguiremos defendendo a liberdade de navegação e apoiaremos nossas palavras com ações”, prometeu o ministro das Relações Exteriores britânico, David Cameron.

Devido aos ataques dos huthis, os Estados Unidos implementaram uma força multinacional de proteção marítima e realizaram, muitas vezes com a ajuda do Reino Unido, bombardeios contra posições dos rebeldes no Iêmen. Por isso, os insurgentes também atacam barcos americanos e britânicos. “Seguiremos exigindo que prestem contas. Pedimos aos governos de todo o mundo que façam o mesmo”, disse mais cedo à imprensa o porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller

*Com informações da AFP

 

 

 

 

 

 

 

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