Novo ataque dos EUA atinge milícia iraquiana apoiada pelo Irã e mata seis

  • Por Jovem Pan
  • 03/01/2020 21h12 - Atualizado em 03/01/2020 21h46
EFE/EPA/OLIVER CONTRERAS O presidente dos Estados Unidos Donald Trump

Um novo ataque aéreo dos EUA ao norte de Bagdá, capital do Iraque, na manhã deste sábado (horário local), visando atingir as “Forças de Mobilização Popular”, um grupo de milícias xiitas iraquianas apoiadas pelo Irã, acabou matando seis pessoas, segundo informações de um fonte do exército iraquiano à Agência Reuters.

A TV estatal iraquiana afirma que outras três pessoas ficaram feridas e atribuiu aos EUA o ataque. O País ainda não assumiu a autoria. Foram atingidos dois de três veículos que faziam parte de um combói. Os seis mortos ainda não foram identificados, segundo a agência Associated Press.

As “Forças de Mobilização Popular” divulgaram um comunicado alegando que o ataque aéreo atingiu um combói de médicos.

“Fontes iniciais confirmam que o ataque mirou um comboio de médicos das Forças de Mobilização Popular próximo ao estádio de Taji, em Bagdá”, diz o texto.

O ataque as “Forças de Mobilização Popular” acontece no dia seguinte a morte do general Qassem Soleimani, que elevou o nível de tensão entre Estados Unidos e Irã.

Trump defende primeiro ataque

O presidente dos Estados UnidosDonald Trump, afirmou que o ataque americano que matou o general iraniano Qassem Soleimani, nesta quinta-feira (2), foi feito para impedir uma guerra. Em pronunciamento na tarde desta sexta-feira (3), Trump disse que a ofensiva deteve um ataque iraniano.

“Nós fizemos uma ação na noite passada para parar uma guerra, não para começar”, garantiu o presidente americano. Ele comemorou a morte de Soleimani afirmando que o “reino de terror acabou”. Trump lembrou que as Forças Quds, sob o comando do general, mataram vários americanos.

3000 soldados

Os Estados Unidos vão mandar cerca de 3 mil soldados adicionais para as tropas que estão no Oriente Médio após o ataque que culminou na morte do general iraniano Qassem Soleimani, nesta quinta-feira (2). A informação foi confirmada por oficiais americanos, em condição de anonimato, às agências de notícias Reuters e AP.

Segundo os oficiais, os militares são da 82ª Divisão Aerotransportada, baseada na Carolina do Norte. Eles são especializados em operações de assalto com paraquedas. Os soldados foram avisados no começo da semana que poderiam ser enviados para o Oriente Médio.

A imprensa americana afirma que o número de soldados convocados é de entre 3 mil e 3.500. Eles vão se juntar a outros 750 militares que já foram mandados para o Kuwait nesta semana após os protestos na embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, no Iraque.

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