‘Ataque é 11 de setembro do mercado do petróleo’, diz diretor da ANP
Dez drones foram lançados contra duas refinarias de petróleo Aramco na Arábia Saudita
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, afirmou que o ataque a unidades da petroleira Saudi Aramco, na Arábia Saudita, no último sábado (14), é “equivalente ao atentado contra as torres gêmeas, nos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001”.
“Do ponto de vista do risco, o evento de sábado pode ser considerado uma espécie de 9/11 (ataque às torres gêmeas) do mercado do petróleo. Depois dele a sensação de risco aumentará”, escreveu em sua conta no Twitter.
Ainda conforme Oddone, medidas preventivas depois do atentado devem ser adotadas, o que também tende a impactar negativamente nos custos operacionais. “Outro aspecto importante é que aumentos no preço do petróleo incentivam o uso de combustíveis alternativos, pressionando a demanda por petróleo e induzindo uma redução nos preços”, explicou.
E medidas preventivas serão adotadas, o que também impactará nos custos. https://t.co/ODszxXsNdc
— Décio Oddone (@Decio_Oddone) September 16, 2019
O atentado de sábado interrompeu a produção de 5,7 milhões de barris diários de petróleo, montante que representa metade do exportado pelos sauditas e 5% do explorado diariamente no mundo.
O porta-voz da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita, Turki al-Maliki, informou nesta segunda-feira (16) que, de acordo com as investigações preliminares, os ataques não foram lançados do Iêmen, embora os rebeldes houthis tenham reivindicado sua autoria. Segundo ele, os drones provavelmente vieram do Irã.
“As investigações com as entidades competentes seguem em andamento, mas as evidências e indícios apontam que são armas iranianas”, disse o representante da coalizão, acusando o Irã de estar por trás do “covarde ato terrorista”.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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