Ataque com faca deixa 2 mortos e 6 feridos no leste da França
Testemunhas relatam que o agressor gritou “Allahu Akbar” (Alá é grande) momentos antes do ataque. Desde 17 de março, a França está em estado de emergência sanitária
Duas pessoas foram assassinadas neste sábado (4) em um ataque com faca na cidade de Romans-sur-Isère, no leste da França, incidente que também deixou seis pessoas feridas, quatro delas em estado grave, segundo confirmou a prefeita, Marie-Hélène Thoraval, à imprensa francesa.
“Uma pessoa com uma faca atacou pessoas inocentes dentro de lojas e na rua. Deixou seis vítimas, das quais duas morreram e quatro estão em estado de emergência absoluta, além do autor, que ficou levemente ferido, mas já foi detido”, disse à BFM TV a governante local.
A promotoria antiterrorista disse que está “avaliando a situação” para ver se assumirá a investigação, que no momento é conduzida pelo departamento de polícia judiciária de Lyon.
Uma das testemunhas que alertou as autoridades, um funcionário de uma das lojas próximas, disse à imprensa francesa que uma pessoa tinha entrado gritando que havia sido esfaqueada. A polícia recomendou o fechamento imediato dos estabelecimentos.
“Ele entrou nas lojas, mas eu não posso dar mais detalhes. A rota do agressor será estabelecida nas próximas horas”, acrescentou a prefeito.
Várias testemunhas disseram à rádio regional France Bleu que o agressor gritou “Allahu Akbar” (“Alá é grande” ou “Alá é maior”) ao atacar as vítimas dentro de vários estabelecimentos em uma das principais avenidas de Romans-sur-Isère, uma cidade de cerca de 33 mil habitantes situada a 24 quilômetros de Valence.
O detido foi identificado como um solicitante de asilo sudanês, nascido em 1987, mas, como não portava documentos, ainda não teve a identidade verificada pela polícia.
Segundo a France Bleu, entre os mortos estão o cliente de uma tabacaria e o açougueiro de uma das lojas afetadas.
Desde 17 de março, a França está em estado de emergência sanitária devido à crise do novo coronavírus, que já deixou mais de 6.500 mortos no país.
Os cidadãos só podem sair para comprar produtos de primeira necessidade ou fazer uma breve atividade física ao redor de casa.
*Com informações da EFE
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