Atirador abre fogo em supermercado nos EUA, transmite ataque na internet e mata dez pessoas
Suspeito está sob custódia; polícia investiga se ele escreveu um manifesto online que espalha uma teoria da conspiração sobre desparecimento da raça branca
Um homem entrou em um supermercado em Buffalo, no estado americano de Nova York, e abriu fogo contra clientes e funcionários que estavam no local. O ataque foi exibido ao vivo na Twitch, uma rede social de transmissão por streaming. De acordo com o jornal “The Buffalo News”, pelo menos dez pessoas morreram. Segundo o Departamento de Polícia de Buffalo, o suspeito está sob custódia e não teve a sua identidade revelada. O cenário descrito pelas testemunhas era de “um filme de terror”. As autoridades investigam se o autor do massacre é um supremacista branco que escreveu manifesto online, de 106 páginas, em que espalha uma teoria da conspiração sobre o desaparecimento da raça branca.
“Se há uma coisa que eu quero que você entenda desses escritos, é que as taxas de natalidade dos brancos devem mudar. A cada dia a população branca diminui”, diz o manifesto suspotamente escrito pelo atirador. “Para manter uma população, as pessoas devem atingir uma taxa de natalidade que atinja níveis de fertilidade de reposição, no mundo ocidental é de cerca de 2,06 nascimentos por mulher.” Na transmissão feita pelo autor do massacre, há cenas brutais. Foi filmada uma mulher levando um tiro na cabeça enquanto caminhava do lado de fora da loja.
“Estou monitorando de perto o tiroteio em um supermercado em Buffalo. Oferecemos assistência às autoridades locais. Se você estiver em Buffalo, evite a área e siga as orientações das autoridades policiais e locais”, disse a Kathy Hochul, governadora de Nova York. As autoridades tratam o caso como “tiroteio em massa” e afirmam que várias pessoas foram baleadas, mas ainda não informaram qual o número total de mortos e feridos. O FBI informou que está investigando o tiroteio como um crime de ódio. “Estamos investigando este incidente como um crime de ódio e um caso de extremismo violento com motivação racial”, disse à imprensa Stephen Belongia, agente especial do escritório do FBI em Buffalo.
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